Sexta-feira, 23.09.11

Lurdes Breda: Apaixonada pelas palavras

Redacção Literatas

 

Na infância, qual foi o seu primeiro contacto marcante com a escrita?

 

Foi na escola, com a descoberta dos diversos textos literários e respectivos autores, assim como com a elaboração de composições: a aprendizagem do uso e do poder da palavra aliados à imaginação.

 

Que espaço os livros ocupam no seu dia-a-dia? A leitura, de alguma forma, influencia o seu trabalho e o seu quotidiano?

Os livros ocupam um papel de extrema importância na minha vida e a leitura é fundamental para a minha evolução e realização, que pessoal quer profissional, enquanto escritora.

 

O escritor peruano Mario Vargas Llosa certa vez disse o seguinte “a minha passagem pelo jornalismo foi fundamental como escritor”. Como porta-voz da sociedade você percebe na literatura ou no jornalismo uma função definida ou mesmo prática?

 

A literatura e o jornalismo, embora em paradigmas diferentes e cada qual utilizando metodologias próprias podem, por vezes, complementar-se. Dependendo do género literário e da forma como é trabalhado o jornalismo, pode existir, com certeza, uma função prática, sobretudo, neste último, uma vez que se deve pautar pela objectividade e rigor na informação. A literatura, no meu ponto de vista, tem uma função mais estética e subjectiva, embora mesmo através da literariedade se possa veicular determinadas mensagens mais ou menos práticas.

 

publicado por Revista Literatas às 17:26 | link | comentar
Sábado, 09.07.11

Percursos, Trilhos e Margens: recepção e crítica das Literaturas Africanas em Língua Portuguesa

14 e 15 de Julho de 2011, Auditório do CIUL/CES-Lisboa, Picoas Plaza, Rua do Viriato, 13
Introdução
Na sequência dos dois ciclos de Colóquios-Cursos de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (2007 e 2009), organizados pelo CES, propomos um Colóquio Internacional de reflexão sobre a recepção crítica destas literaturas.
A reflexão será feita a partir de vários lugares geográficos (Europa, África, Américas), disciplinares e epistemológicos, procurando pôr em diálogo diversas gerações de académicos, criadores, editores e jornalistas. Contamos assim com a participação de oradores nacionais e estrangeiros, ligados às áreas da investigação e crítica literária, da edição, do jornalismo e divulgação, das políticas culturais, e da produção literária.
Pretende-se proporcionar um conjunto de itinerários teóricos transversais a estes diferentes sistemas literários, reflectir em torno dos paradigmas teóricos e metodológicos que têm orientado os estudos das literaturas africanas de língua portuguesa e promover uma maior articulação entre o debate crítico e criativo e as múltiplas dinâmicas da sua projecção social, analisando o papel e as instâncias do mercado editorial, e de outros órgãos de disseminação e comunicação social que participam no circuito da recepção dentro e fora do espaço de língua portuguesa.


Programa [versão em PDF para download]
Quinta-feira, 14 de Julho
09h30-10h00 | Sessão de Boas vindas

José Marcos Barrica (Embaixador de Angola em Portugal), André Heráclio do Rêgo (CPLP), José Luandino Vieira (Escritor),Margarida Calafate Ribeiro (CES),Jessica Falconi(CES), Elena Brugioni (CEHUM),
10h00 | Comunicação de Abertura: Tempos e Espaços. Reflectindo em torno da recepção das Literaturas Africanas de língua portuguesa por Laura Cavalcante Padilha [UFF]
11h00 | Literaturas Africanas de Língua Portuguesa: Paradigmas e Itinerários Críticos
Pires Laranjeira (FLUC), Inocência Mata (UL), Carmen Tindó Secco (UFRJ)
Moderação: Elena Brugioni (CEHUM)
12h30 | Pausa para Almoço

14h30 | Mesa Redonda Recepção e Crítica nos Media. Com José Carlos Vasconcelos (Jornal de Letras), João Céu e Silva (Diário de Notícias), Marta Lança, Luís Carlos Patraquim, João Melo (Revista África 21). Moderação: Odete Semedo
16h30 | Mesa Redonda com Ana Paula Tavares [*], Luís Carlos Patraquim, Ana Mafalda LeiteModeração: Jessica Falconi
18h00 | Pausa para Café
19h00 | Lançamento do Livro Literaturas da Guiné-Bissau: contando os escritos da história (Afrontamento, 2011). Apresentação de Inocência Mata.

Sexta-feira, 15 de Julho
09h30 | Crítica Literária e Paradigmas Pós-coloniais
Silvio Renato Jorge (UFF), Livia Apa (UNO), Elena Brugioni (CEHUM), Simone Pereira Schmidt [UFSC]. Moderação: Carmen Tindó Secco
11h30 | Pelos Trilhos da Escrita: Narração e Crítica Literária. Com Odete Semedo (INEP), Jessica Falconi(CES), Moema Parente Augel (UB). Moderação: Pires Laranjeira
13h00 | Pausa para Almoço

15h00 | Mesa Redonda Políticas e Circuitos Editorais. Com Zeferino Coelho (Caminho), José Sousa Ribeiro (Afrontamento), Cecília Andrade (Dom Quixote), André Heráclio do Rêgo (CPLP). ModeraçãoMargarida Calafate Ribeiro
16h45 | Mesa Redonda com José Luandino Vieira, Joaquim Arena, João Melo, Odete Semedo. Moderação: Laura Cavalcante Padilha
18h15 | Pausa para Café
19h00 | Lançamento do Livro Literaturas Insulares: Leituras e Escritas de Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe(Afrontamento, 2011). Apresentação de Laura Cavalcante Padilha.
[*] a confirmar

Apoios:
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Terça-feira, 28.06.11

Obras de Joana Ruas


Na Guiné  com o PAIGC, reportagem escrita nas zonas libertadas da Guiné em 1974, edição da autora, Lisboa, 1975;no jornal da Guiné - Bissau, Nô Pintcha, redige, em 1975, a página de literatura africana de língua portuguesa. Traduz textos inéditos de Amílcar Cabral escritos em língua francesa e recolhe na aldeia de Eticoga (ilha de Orangozinho, arquipélago dos Bijagós), a lenda da origem das saias de palha; Corpo Colonial, Centelha, Coimbra, 1981 (romance distinguido com uma menção honrosa pelo júri da APE; traduzido em búlgaro); Zona (ficção), edição da autora, Lisboa, 1984 (esgotado); Colaborou no Suplemento Literário do Diário Popular e,  na página literária do Diário de Lisboa, foi publicado  um seu trabalho de análise crítica intitulado O Lado Esquerdo da Noite sobre o romance de Baptista Bastos, Viagem de um Pai e de um Filho pelas Ruas da Amargura; na Revista cultural Algar numa edição da Casa Museu Fernando Namora em Condeixa, apresentou   um estudo sobre o romance Fogo na Noite Escura de Fernando Namora; colaborou com textos na página de Letras e Artes, Alma Nova, do jornal O Mirante, no Notícias de Elvas, no União, Quarto Crescente, Jornal do Sporting com poemas inéditos e com um trabalho de análise crítica sobre a narrativa dramática de Norberto Ávila, As Viagens de Henrique Lusitano; O Claro Vento do Mar(romance)  Bertrand Editora, Lisboa, 1996; Amar a Uma só Voz ( Mariana Alcoforado nas Elegias de Duíno), Colóquio Rilke, organizado pelo Departamento de Estudos Germanísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,  Edições Colibri, Lisboa, 1997 e publicado no nº 59 da  revista electrónica brasileira Agulha (www.revista.agulha.nom.br;  A Amante Judia de Stendhal (ensaio), revista O Escritor,  n.º 11/12, Lisboa, 1998; E Matilde  Dembowski ( ensaio sobre Stendhal), revista O Escritor, nº13/14, 1999 e revista electrónica (www.revista.agulha.nom.br e Triplov e na revista electrónica mexicana La Otra 26; A Guerra Colonial e a Memória do Futuro, comunicação apresentada no Congresso Internacional sobre a Guerra Colonial, organizado pela Universidade Aberta, Lisboa, 2000; A Pele dos Séculos (romance), Editorial Caminho, Lisboa, 2001;.Participou  com comunicações nas Jornadas de Timor da Universidade do Porto sobre cultura timorense e sobre a Língua Portuguesa em Timor na S.L.P. A sua poesia encontra-se dispersa por publicações como NOVA 2 (1975), um magazine dirigido por Herberto Helder; o seu poema Primavera e Sono com música de Paulo Brandão foi incluído por  Jorge Peixinho no 5º Encontro de Música Contemporânea promovido pela Fundação Gulbenkian e mais tarde incluído no ciclo Um Século em Abismo — Poesia do Século XX realizado no C.A.M.;  recentemente  publicou poesia nas seguintes publicações : Antologia da Poesia Erótica, Universitária Editora; Cartas a Ninguém de Lisa Flores e Ingrid Bloser Martins, Vega ; Na Liberdade, antologia poética, Garça Editores; Mulher, uma antologia poética integrada na colecção Afectos da Editora Labirinto; Um Poema para Fiama, uma antologia publicada pela Editora Labirinto; ; tem colaboração nas revistas  Mealibra,  revista de Cultura do Centro Cultural do Alto Minho e na  Foro das Letras revista da Associação Portuguesa de Escritores – Juristas onde publicou Caderno de Viagem ao Recife . Na revista electrónica Triplov foi publicado um Roteiro sobre a sua obra, A Pele dos Séculos. Em 2008, a Editora Calendário publicou o seu romance histórico A Batalha das Lágrimas. Participou na 8ª Bienal  Internacional do Livro do Ceará onde proferiu uma palestra intitulada Aproximar o Distante, Do Estranho ao Familiar — duas experiências: Timor-Leste e Guiné-Bissau. . Em 2010,a  revista electrónica mexicana  LaOtra, a Revista Literária brasileira e o Jl publicaram o texto do Prof. Dr. Pires Laranjeira sobre Crónicas Timorenses. Em 2009, a Escrituras Editora publicou na colecção Ponte Velha, Das Estações entre Portas. O texto de Joana Ruas intitulado A Herança dos Possíveis sobre dois poemas de José Ángel Leyva foi publicado em Maio de 2010 na revista electrónica Agulha Hispânica. Participou na IV Feira do Livro de Díli onde apresentou com o Dr. Roque Rodrigues, Conselheiro do Presidente da República de Timor Leste e Dr. Manuel Tilman ,Deputado do Parlamento Nacional, as suas obras A Batalha das Lágrimas e Crónicas Timorenses
Biografia 

Joana Ruas nasceu em 1945  na Quinta do Pinheiro em Freches, no distrito da Guarda. Por volta dos anos 50 do século XX , a sua família estabeleceu-se em Angola  onde Joana Ruas viveu e estudou  até aos quinze anos, idade em que, segundo  o costume da burguesia colonial , regressou a Portugal para completar os seus estudos em Coimbra. A guerra colonial  levou  o seu ex-marido para Timor-Leste para onde Joana Ruas o acompanhou . Trabalhou como jornalista cultural e tradutora na Radiodifusão Portuguesa e no jornal Nô Pintcha da República da Guiné –Bissau. A convite de Natália Correia,  traduziu prosa e poesia para diversas editoras. Participou na  causa da Libertação do Povo de Timor-Leste, tendo feito várias conferências sobre  a Língua Portuguesa em Timor –Leste, sua história e cultura. .Em 1975, o poeta Herberto Helder editou um poema seu e, desde então,  consagrou-se à sua obra literária, tendo publicado romances, ensaios e poemas. Trabalha há anos  na escrita de uma obra  em três volumes (um romance, um livro de contos e uma novela), sobre cem anos de Resistência Timorense — de  finais do século XIX até à Independência.

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Sábado, 21.05.11

Lars von Trier: a cultura do medo

Victor Eustaquio - Lisboa

1. Na literatura
 
«Lolita», de Vladimir Nabokov, tanto é considerado como um dos melhores romances do século XX como um devaneio literário de um “pedófilo”.
Com «Partículas Elementares», Michel Houellebecq tanto foi acusado de defender a integração dos muçulmanos “assimilados” na sociedade francesa, escreveram alguns críticos mais moderados (provocando reacções violentas entre os sectores conservadores), como por preconizar uma total desagregação da sociedade humana pela via de uma segregação radical de natureza darwinista. Mas Houellebecq não ficou por aqui. Com «Plataforma», choveram novas críticas por supostamente o autor francês promover e exaltar o turismo sexual em países asiáticos como a Tailândia.
Em ambos os casos, apenas para citar dois, ninguém saiu a público para agitar a bandeira de «persona non grata», não obstante problemáticas como a pedofilia ou a segregação racial serem profundamente sensíveis e susceptíveis de grandes ódios.
Para aqueles que se sentiram visados ou não, para aqueles que se sentiram ofendidos ou não, a tolerância perante vozes dissonantes foi mais forte. Até porque Nabokov e Houellebecq pagaram ou pagam o posicionamento que quiseram afirmar.
O mesmo já não se pode dizer de Salman Rushdie. Khomeini decidiu “condená-lo” à morte porque não gostou do que leu nos «Versículos Satânicos». A história é célebre e não vale a pena repeti-la. O mundo islâmico foi convidado à intolerância.

2. No cinema

No cinema, Stanley Kubrick foi criticado por promover a violência e traçar um quadro pessimista sobre a dimensão animalesca dos seres humanos, enquanto uma condenação e uma componente “incurável” da condição humana em «Laranja Mecânica».
Sylvester Stallone, com a saga «Rambo», optou por mostrar mercenários sanguinários que lutam heróica e estoicamente para salvar cristãos às mãos dos infiéis (que por aí andam nestes países subdesenvolvidos e “fanáticos” fora do Mundo Ocidental, claro está).
Muitos mais poderiam ser os exemplos, mas citemos apenas estes dois. Em ambos os casos, ninguém saiu a público para agitar a bandeira de «persona non grata», não obstante problemáticas como a violência gratuita e a selvajaria contra seres humanos em nome de valores nem por todos partilhados serem profundamente sensíveis e susceptíveis de grandes ódios. Há quem goste, há quem não goste. Kubrick e Stallone pagaram e pagam a factura.
O mesmo já não se pode dizer de «O Código Da Vinci», de Ron Howard, que antes de chegar a Cannes provocou tumultos e boicotes em vários locais onde foi exibido, tal como havia sucedido dois anos antes, em 2004, com «A Paixão de Cristo», de Mel Gibson. O que provocou tanta polémica? Os ataques ao cristianismo? Ou a intolerância a falar mais alto perante alguém que ousa desafinar?
É curioso. O cineasta soviético Andrey Tarkovsky terá sentido o mesmo ao ser cilindrado pela crítica em 1962 no Festival de Cinema de Veneza após a projecção de «A Infância de Ivan». De que tratava o filme? Dos traumas nas crianças causados pela II Grande Guerra. O problema é que o enredo centra-se numa família soviética… Sartre teve de sair a terreiro para defender Tarkovsky. O que também não foi uma grande ajuda, porque o célebre filósofo francês era um homem de esquerda. E uma boa parte dos italianos, decerto filhos de Mussolini, não perdoou. Mostrando o quão intolerante poderá ser a paixão por causas.

3. O anti-semitismo de Lars von Trier

Lars von Trier foi considerado agora uma «persona non grata». Fala-se em boicotes, censura, proibição da exibição do seu novo filme. Por que razão? Porque o realizador confessou que até compreende o ponto de vista dos alemães que viveram a exaltação da grande Nação impulsionada por Hitler, após a humilhação imposta pela I Grande Guerra. E deixou escapar uma certa admiração pelo nazismo.
As afirmações são condenáveis pelo que do nacional-socialismo resultou. Inaceitáveis para quem tem, como artista, responsabilidades acrescidas em razão da maior capacidade em influenciar a opinião pública. Mas há uma lógica no argumento de Lars von Trier, não obstante tratar-se de uma problemática profundamente sensível.
Contudo, a intolerância volta a falar mais alto perante alguém que ousa desafinar. Não deveria Lars von Trier pagar a factura tal como Nabokov, Houellebecq, Kubrick ou Stallone? Negar a liberdade de expressão é negar um dos valores fundamentais da sociedade livre que o Mundo Ocidental acredita defender. Se age com as contradições do fundamentalismo que tanto condena, quando o tema é tabu, em que difere daqueles que tanto critica?
De resto, o que é que Lars von Trier trouxe de novo? O mesmo realizador dinamarquês já havia causado controvérsia em Cannes, há dois anos, ao apresentar «Anticristo», filme que acabaria por valer a Charlotte Gainsbourg a distinção como Melhor Actriz, apesar da crítica contra a película ter sido violenta.
Ainda assim, Cannes sempre mostrou ter uma profunda admiração por este cineasta. Em 1984, Lars von Trier ganhou o seu primeiro prémio no festival com «Forbrydelsens Element». O mesmo aconteceu em 1991 com «Europa»; em 1996 com «Ondas de Paixão»; em 1998 com «Os Idiotas»; em 2000 com «Dancer in the Dark»; em 2003 com «Dogville»; em 2005 com «Manderlay»; em 2009 com «Anticristo»; e agora, em 2011, com «Melancholia». Todos os filmes, sem excepção, foram candidatos à Palma de Ouro. Uma foi conquistada em 2000 com o musical «Dancer in the Dark».
O que mudou desde então? O discurso de Lars von Trier ou o nível de tolerância num mundo assustado por poderes erráticos, que vê ameaças ao dobrar de cada esquina? Não será isto que David Moody nos avisa no seu romance «Ódio»? Que vivemos no dilema do medo, da necessidade de matar antes que nos matem?
publicado por Revista Literatas às 03:05 | link | comentar
Segunda-feira, 07.02.11

Portugal - Colóquio: A OBRA E O PENSAMENTO DE ANTÓNIO TELMO

Palácio da Independência: 14-15 de Fevereiro de 2011

Discípulo de Álvaro Ribeiro e de José Marinho, como Afonso Botelho, António Quadros e Orlando Vitorino, e havendo convivido também com Agostinho da Silva e Eudoro de Sousa, António Telmo foi um dos mais originais, subtis e rigorosos pensadores portugueses da segunda metade do século XX, cuja obra, escrita e pensamento ao longo de mais de cinco decénios, se singulariza pela penetrante atenção hermenêutica ao que há de secreto e de sagrado na língua e na história portuguesas, pelo modo como soube articular a tradição aristotélica com a tradição da Cabala, pela forma inovadora como logrou apreender e compreender o mais fundo e essencial sentido da obra camoneana e decifrar os seus símbolos e como teorizou o conceito de razão poética, na melhor linha de Pascoaes, Leonardo e Pessoa.
O presente Colóquio, promovido pelo Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, de que António Telmo fez parte e em cujas actividades colaborou, reúne companheiros, discípulos e admiradores do filósofo recentemente falecido, que se propõem reflectir sobre o significado e valor do seu fecundo e incitante legado especulativo.

Programa

14 de Fevereiro, 2ª feira

10h00: Sessão de Abertura
António Braz Teixeira
11h00: Comunicações
Joaquim Domingues, «António Telmo: o homem e a obra»
Abel de Lacerda, «Um olhar de António Telmo na simbólica de Prestes João»
Roque Braz de Oliveira, «António Telmo e os caminhos da hermenêutica»
Carlos Vargas, «A ironia em António Telmo»
13h00: Intervalo para almoço
14h30: Comunicações
Paulo Teixeira Pinto, «Portugal sem segredos»
Mário Rui, «António Telmo e as Três Tradições do Livro»
Manuel Gandra, «Linhagem seminal e espiritualidades bastardas – finais de todos os tempos e no contexto lusíada»
Luís Paixão, «O número 8 na obra de António Telmo»
16h30: Intervalo para café
17h00: Comunicações
António Carlos Carvalho, «Os nomes de António Telmo»
Cynthia Taveira, «António Telmo e a inversão dos candelabros»
Rui Lopo, «Significado e Valor da Filosofia em António Telmo»
Pedro Martins, «António Telmo e Luís de Camões»

19h30: Jantar no Círculo Eça de Queiroz*. Inclui, a partir das 21h, apresentação de uma obra inédita de António Telmo, por Nuno Nazareth Fernandes.

15 de Fevereiro, 3ª feira

11h00: Comunicações
João Cruz Alves, «Testemunho sobre um homem novo»
António Quadros Ferro, «Correspondência entre António Telmo e António Quadros»
Elísio Gala, «Língua e Pátria»
Renato Epifânio, «A ideia de Pátria em António Telmo»
13h00: Intervalo para almoço
14h30: Comunicações
Carlos Aurélio, «Religiosidade e razão poética em António Telmo»
Paulo Borges, «O último texto de António Telmo: "O acabar da história [...] bruscamente engolida pelo nada que essencialmente é"»
António Cândido Franco, «António Telmo e o Surrealismo»
Rodrigo Sobral Cunha, «O viajante»
16h30: Intervalo para café
17h00: Testemunhos
Manuel Ferreira Patrício
Pedro Sinde
Paulo Santos
Pedro Ribeiro
Maurícia Teles da Silva
Pinharanda Gomes

* Para o Círculo Eça de Queiroz exige-se fato escuro e gravata. Jantar: 25€ (marcação até 7 de Fevereiro, para: iflbgeral@gmail.com)


Para mais informações:

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Instituto de Filosofia Luso-Brasileira
Morada: Palácio da Independência, Largo de S. Domingos, 11, 1150-320 Lisboa
Contacto: 213241470/ 967044286



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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI
SEDE: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21, 2711-953 Sintra, Portugal.
CONTACTO: 967044286
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Associação Movimento Literário Kuphaluxa

 

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