Encantado silêncio das areias de Maputo

Bárbara Lia - Brasil
Entre estrelas
entre algas
entre brancos lençóis
e paredes brancas.
Vermelha viagem da vida nas veias.
Instante que precede ao nascimento,
também à morte.
A morte é um silêncio suspenso
e o sol, um silêncio vermelho.
Nuvens em seu passeio
diante da janela deste apartamento.
Tem uma sinfonia em tons vários
a gritar – Silêncio!
Silencio.
Branca, como estrelas e algas.
Passeio brancas areias de Maputo,
olhando ao redor em busca de Mia Couto
ansiando que ele me ensine a estrondar
o encanto.
in Noir (2006)
publicado por Revista Literatas às 11:55 | link | comentar