Sexta-feira, 03.06.11

Que Triste Sina a Dos Versos Meus

Deusa D´África - Xai-Xai


Versos meus sangram
Mesmo quando se alegram
Ensanguentando a papelada
Que mora nas gavetas
Esperando os ratos que se integram
Na leitura do conteúdo sem metas 

Versos meus morrem
De nervos e dor
No banco de socorro
Enquanto o médico
Delicia-se de uma boa mandriice
Na sala de urgências
De uma boa contabilidade
Da sua remuneração
Que o inconforma
Por tê-la que dividir
Com suas enteadas,
Em troca de sexo
Crescendo por fora
A taxa de mortalidade
Junto com as obrigações públicas
Sem integridade
Nem idoneidade. 
publicado por Revista Literatas às 06:11 | link | comentar
Quinta-feira, 02.06.11

Fina

Deusa D´África - Xai-Xai

à Fina           

vós que sois deusa
menina dos sonhos meus enfeitiçados
pela beldade e vossa voz que fez meus olhos encantados

vossos cabelos curtos
pretos resplandecentes e que não perdoam
rodeados pelos insectos voadores
que revelam que vós sois deusa dos olores
e mãe das águas, ao vivo e a cores
vós que fostes dado o poder
de governar o trono de ser bela

Mas, quem sou eu!
para vo-lo admirar, o vosso olhar que desperta
e alerta as pestanas que sorriem
como dentes pela deslumbrância
dos vossos olhos que cintilam
e ao mundo principiam

A cor da vossa pele
que a noite repele
mas às estrelas não resiste
vossas mãos ao que tocam
a tranquilidade coloniza
will you be the lost angel
mas eles eram cruéis e vós sois fiel

Em vossos calcanhares
as serpentes se arrastam,  que uma monarquia de servos;

que à monarca respeitam,
sóis deusa! das florestas não desvendadas
mares enigmáticos onde repousam os vossos nervos
que libertam o mundo dos maremotos
e terramotos só por pisardes a terra que é nossa. 
publicado por Revista Literatas às 08:11 | link | comentar
Quarta-feira, 01.06.11

São e Vão


Deusa D´Africa - Xai-Xai

Os olhos do poeta são um mar
ondas consecutivas vão tecendo o luar
conchas e mariscos vão decorando espaço lunar
em todas manhãs o sol e seus filhos a raiar
tsunamis e outros sismos vão construindo o epicentro e seu lar
ventos e brisas vão se confundindo na arte de amar
postais e cartas são recebidos mesmo sem selar
homens bons e maus vão jogando o lixo mesmo respirando esse ar
casas vão se erguendo mesmo no território ímpar
gotas de água vão salgando vidas para o homem saborear
e estéril vai esmorecendo com o nascer da cegueira do mar
cardiologistas vão se afogando tentando explorar
seus bens em prol de remédios para remediar
a dor pelos mesmos causada, sem intenção de consciencializar
os outros matadores deste inocente e puro olhar.

publicado por Revista Literatas às 09:27 | link | comentar | ver comentários (1)

A Revista Literatas

é um projeto:

 

Associação Movimento Literário Kuphaluxa

 

Dizer, fazer e sentir 

a Literatura

Julho 2012

D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

pesquisar neste blog

 

posts recentes

subscrever feeds

últ. comentários

Posts mais comentados

tags

favoritos

arquivo

blogs SAPO