Sexta-feira, 23.09.11

Quando Cronico - Ando

Mauro Brito - Maputo

 

Antes de iniciar a minha empírica dissertação, agradecer a mim mesmo por ter a coragem de me ensaiar numa escrita de opinião de leitura, não se trata de um  ensaio literário, tampouco de um ensaio sobre obra alguma.

O que trago nesta bandeja de palavras, são apenas opiniões e pensamentos sobre a leitura que desembrulhei  na obra “Cronicando”  do escritor moçambicano Mia Couto, que encontrei numa livraria das esquinas. Olhando o título me sobressaltei de orgulho, como pode-se cronicar? Em que maneiras? Veremos. Recolhi a obra para as minhas mãos.

Tratava-se da segunda edição do “Cronicando”, em que o escritor trás as situações que o País tem enfrentado. “ Não se pode perder posse de um tempo que é nosso”. Diz o autor.

No “Cronicando” desde “  A carta,  O homem com um planeta dentro & Gentipo, suas gentis poeiras”, andei errando por elas, de noite e de dia, serrado e semi-serrado com os olhos e alma, não podia deixar de lê-las um dia sequer, mesmo que o quisesse, era como uma espécie de antídoto, para o acordar do dia seguinte.

As situações são reportadas em forma de palavra, como que uma prenda para o leitor, mesmo que não assíduo, “(...) ela sofria doença do chão, mais e de mais se deixando nos caídos/ Me entregava o papel marrotado. Dobrado em mil sujidades”

Ao longo da leitura dos textos fui descobrindo que quando cronicava as mesmas crónicas, isto é quando as lia, andava mais alguns metros de sabedoria e redescoberta do país em que vivo e que me viu nascer; o tempo em que foram lavradas as redigidas (1982), ainda a poeria da guerra lavrava sofrimento por onde passava, mas os mesmos ainda encaixam-se nas realidades que vivemos hoje. Concordo quando o dizem que os escritores quando exercem a escrita, no momento de construção, são também como futuristas na forma quando escrevem pois chegam a prever acontecimentos de uma terra, de um tempo, de uma geração.

Muitas das situações aqui trazidas sequer tem um autor, alguém a quem lhe podem pendurar o cartão de culpa, nem tampouco mandatários ou cumpridores, os problemas assim nessa inocência, não há necessidades de haver culpados, para que? Se nem a justiça aqui faz-se presente, também não tem quem lhe apoie, tudo isto como se o ovo chegasse primeiro que a galinha. “Cronicando” é uma visão e percepção das realidades do país, talvez quem for a lê-lo poderá aperceber-se das suas fragilidades, e depois construir um novo pais que ainda esta em construção, como diz o autor da obra talvez daqui há algumas décadas as crónicas nos ajudem a revisitar um período da nossa história

publicado por Revista Literatas às 17:01 | link | comentar
Sexta-feira, 09.09.11

HEROÍS OU VI LÕES?

Heráclito Mucache-Maputo

 

Porque era tempo de se expulsar o colonialismo. Porque era tempo de se libertar a terra mãe e o povo. Chipande deu o primeiro tiro. Nosso herói. Mas porque é sempre tempo de alguma coisa acontecer, alguém veio a público para questionar sobre a legitimidade desse primeiro tiro, <<terá sido ele quem deu o primeiro tiro?>>. Essas e outras dúvidas por mais que pareçam esquecidas e ignoradas, permanecem a roer em algumas consciências.

Éneste contexto que eu pergunto: que é um herói?

Será que pode-se ser herói por apenas um período/momento da vida (para libertar o país da opressão colonial)? E em seguida, deixar-se de sê-lo (tornar-se no novo colono-opressor)? Será?

Ora bem, a experiência popular já disse: <<Ou morre herói, ou vive o suficiente para se tornar o vilão>>, o filósofo Nietzsche diria: <<O homem nobre está sempre em risco de se converter num insolente, e num destruidor.>> Foram de facto valores nobres que moveram nossos heróis a pegar em armas e lutar contra o colonialismo? Ou havia efectivamente uma corrida pela posse da terra? Da riqueza?

Não quero ser ingrato nem insensato, mas estou a tentar perceber se de facto um homem nobre pode se converter num insolente, num assassino. Note que, é perceptível que um homem mau se torne bom, mas um homem verdadeiramente bom, tornar-se mau é seriamente discutível, salvo caso de doença.

Quando o povo não ama seus heróis, sinceramente há que questio­nar a legitimidade dos mesmos, sem dúvida que há excepções, mas a maioria tornou-se vilã. Fracassaram como heróis! Se deixaram cor­romper! Não resistiram! Ou nunca tiveram vontade de sê-lo e fazê-lo, pois se foram a guerra e arriscaram as suas vidas para libertar o povo, porque razão esse projecto de liberdade/revolucionário cessou?

Agrava-se o cúmulo quando dentre esses heróis aqueles há que até são poetas, reconhece esses versos? Aminha dor/ mais a tua dor/vão estrangular a opressão// Aminha revolta/ mais a tua revolta/ vão falando da revolução. Lindo não é? Foi escrito por um poeta-herói que perdeu a fé, assim o diríamos.

Amim parece me que, projectos emancipatórios não devem ter fim, fora de tudo o que se diz para ridicularizar ou desencorajar tais projectos, eles devem continuar, pois é típico do homem buscar remé­dios para as suas dores. África tem poucos heróis, Nelson Mandela é um deles, herói vivo, não chegou a se contradizer, não se tornou vilão. Éum herói eterno!

publicado por Revista Literatas às 16:47 | link | comentar
Quarta-feira, 31.08.11

CARTOGRAFIA DO ECOAR E DO MIAR DO COUTO OU COMO VI AJAR COM AS 24 (C)OBRAS DO MIA COUTO

Amosse Mucavele - Maputo

 

Sobre a nossa a Terra disse que ela é Sonâmbula: com muita razão, sabem porquê?

-Porque ela não dorme fica dias e noites de mãos estendidas ao exterior a pedir esmola.

Amigos, num país visto como pobre os dirigentes são tão ricos! trocam de carros de luxo e gozam de mordomias , mas não tem nem se quer um livro na cabeça.(preocupante não é)

Por isso que digo as nossas elites são incultas (vendem a nossa terra a 30 dinheiros)

Além de tudo que acima croniquei, vejam só o profeta deu-lhes a porção, dada a incompetência deles fizeram tudo ao contrário, deram os venenos ao Deus e os remédios ao Diabo, nestes últimamentes nós o povo, encontramo-nos na berma de nenhuma estrada, sabem, sem onde guardar as nossas súplicas, sem onde pedir clemências, pois o Senhor Deus exilou-se na terra onde reside o Homem que lhe salvou da morte (por envenenamento perpetrado pela nossas elites) dando-lhe antídoto.

Quem me dera lá estar com eles debaixo daquela Varanda do Frangipani, a ouvir os Contos do Nascer da Terra.

Do que estar nestas Cidades dos partidos políticos com idades seculares no Governo, e onde os seus dirigentes consideram-se Divindades.

Eu cansei de viver neste País do Queixa Andar, vou-me embora, com um fio amarrado no pescoço (sei que Missangas não me faltarão), pelo caminho irei folhear as páginas desta Casa Chamada Terra e irei remar contra maré deste Rio Chamado Tempo.

Chegado a Uma Terra Sem Amós, constato que algo mudou, a aldeia cresceu, já são Vinte as Casas de madeira e Zinco. Mas ainda continuamos no Escuro e o Gato Abensonhado pressagia as Estórias do velho.

Alguém disse o velho está a morrer, o Gato não parava de tocar o Ritmo do presságio:

Retorquiu de novo-a biblioteca esta a arder.

-E eu nos meus Pensatempos confusos, surgiu-me a seguinte a pergunta? Como hei-de o ajudar?

-Pensei na Princêsa Russa, cortei a ideia porque a neve não pode extinguir as chamas, continuei neste pensaraltivo, afinei os meus Silêncios, dentro de mim uma voz uivava “Vou ficando do som das pedras. Me deito mais antigo que a terra. Daqui em diante, vou dormir mais quieto que a morte¹.”Pego no machado, pelo caminho vou Traduzindo esta Chuva que molha os ramos da minha alegria, de nada vale continuar aqui, mas, antes partir deixem-me descolar a Raiz do Orvalho.

Alguém disse - Ah, de nada resultará. De repente as Vozes Anoiteceram, era o início da Chuva Pasmada.

E agora vou me embora mesmo “a procura da outra Pátria esta não me pertence²”, pois O Mar Me Quer, é no mar onde vou pescar o meu sonho de se tornar noutro Pé da Sereia, caso não consiga concretizar este meu sonho, procurarei outra maneira de partir, assim sendo tornar-me-ei no Pensageiro Frequente deste Último Voo do Flamengo que me levará até a Jesusalém.



Glossário

1-Mia Couto in A Varanda do Fragipani

2-Celso Manguana in Pàtria Que Pariu

3-todas palavras a negrito fazem parte do acervo bibliográfico do autor acima referido -Princêsa Russa conto que faz parte do livro Cada Homem é Uma Raça. E outros livros

-No meu País tem um provérbio que diz - um velho que morre é uma biblioteca que arde.

-O gato e o escuro, Cronicando

- Estórias abensonhadas

-O fio das Missangas,....e outros ficam sob alçada do leitor, beijooooos.

publicado por Revista Literatas às 13:22 | link | comentar | ver comentários (2)
Sábado, 09.07.11

Carta do Aniversariante no dia em que não se fará a festa

Amosse Mucavele - Maputo
Amosse Mucavele
Ontem foi o dia do meu adversário, comemorei com as 4 paredes que ladeiam o meu quarto,
E hoje dia em que os Astros advogaram sem uma causa justa, mas com um aviso prévio sendo este o verdadeiro dia do meu aniversário.
24 Anos completam-se em mim, e eu nem estou aí, neste instante procuro refúgio na imensidão deste poema - assim o julgo eterno.
Tal como a as palavras que o guiam, eu deambulo no vazio do suco que refresca o bolo que vos ofereço.
Desculpe a todos que esperavam uma festa -
Agora vos digo – eu não sei organizar uma festa, assim sendo tenho da vossa companhia motivos suficientes para estarmos em festa.
Que zanguem os homens das gargantas abertas, os das barrigas vazias, pois não há mas nada a dizer por isso sintetizo – eu não sei organizar uma festa.
Depois de uma conversa afiada com a minha mãe no cemitério - onde, eu fui lhe dar uma água, uma flor, um beijo, e jurar perante ela que eu já sou homem crescido e novo.
Já não sou aquele menino tal como o pai que destruía lares e eu sendo filho de peixe sabia nadar até no areal, e em contrapartida desmanchava prazeres das meninas, brincava com os sentimentos delas, agora sou um novo homem, 24 poemas me esperam,,,,,,,,,desde já juro fidelidade as garrafas e aos livros.
E mulheres preciso daquelas divorciadas, humilhadas, mal amadas, pois ontem á noite recebi o antídoto para este veneno chamado traição, e as minhas namoradas do passado que o presente tornou-lhas Ex. Nem sei onde foi o buscar este prefixo e o futuro chama-as por amigas, elas me amaram e eu as violentei domesticamente no meu pobre quarto de Madeira e zinco, no momento diziam me machuca, eu puxava-lhes as mexas, dava-lhes palmadas, e não tinham onde queixar pois pediam que as machuca - se, ponto final eu já não quero brincar ou fazer orgias com os virgens sentimentos destas miúdas.
O que me espera agora é viajar no silêncio de uma garrafa de whisky OLD PASCAS.

publicado por Revista Literatas às 05:43 | link | comentar | ver comentários (2)
Terça-feira, 14.06.11

(Prosa +Poesia= A Mesmo ou –Isto)= O Bebedor dos Tormentos


Amosse Mucavele - Maputo

Aticei o fogo  do cigarro no meu coração.
Ficou em chamas e senti a necessidade de apagar, cortei o desejo, continuei no meu puxa-puxa,alguém  trouxe-me a àgua. não aceitei, lembrei-me que no meu reino apagasse as chamas do cigarro com uma garrafa de gin.
Entornei-a dentro de mim. e dentro de mim já tinha um barco   a espera; viajei com os olhos fechados, a minha visão era o copo e o cigarro ambos discutindo a primazia nas minhas duas mãos. e de repente abri a vista; deparei-me com o NEWTON trocamos um dedo de conversa falamos de muita coisa desde as prostitutas ate a ciência. em seguida ele falou-me da sua 3ª lei: acção e reacção.
Fiquei de ouvidos boquiabertos e dos olhos carregados de uma ternura milenar, dai aprendi como se fabrica uma dor na consciência, levantei, tentei andar, não consegui, comecei a sentir o peso do meu corpo, e de tudo que engendrei a desaguar nos meus pés amputados pela força do álcool. afinal quem são os meus pés para suportarem toda esta carga?
Tentei falar: a minha voz era um viaduto transportando silêncios, procurei as palavras não as encontrei em lugar algum, creio que o vento da boémia as levou.
Desço do barco, percorro na embriaguez do meu dilema: será este o destino do meu dinheiro? sei que o melhor remédio é distanciar-me deste amigo da ocasião  que só me visita quando as vacas estão gordas e quando são atacadas pela peste da pobreza ou dos bolsos rotos anda longe de mim.
O que vale estar bêbado e  não ter chão para dormir?
E se eu tivesse comprado livros com dinheiro gasto naquela fatídica noite teria educado o meu raciocínio e neste exacto momento estaria a vender saberes para o mundo,.eu de   álcool  prostitutas cigarros não falem mais, preciso de distância com estes três aliados. Caros amigos ensine-me a ser poeta. por favor…………………….
publicado por Revista Literatas às 02:51 | link | comentar
Sexta-feira, 03.06.11

Um leproso no meio do caminho se sentindo

Eduardo Quive - Maputo

A vingança é um prato frio, em que qualquer um pode se lambuzar, de acordo com os seus feitos.
São as minhas pálpebras atordoadas de surpresas, que num acto de sensibilidade e sobretudo de medo, questionaram a presença de um leproso em plena via pública, como de um perigo para a sociedade se tratasse.
Também subestimei a minha forma de pensar, a minha maneira de agir, em suma, a minha atitude quase desumana, de olhar para um compatriota, que simplesmente sente as torturas da natureza selvagem na sua pele.
Vi o homem ali sentado, descascado, com a pele se despelando, de certeza procurando sentir do coração as dores e olhar detalhadamente para os seus dedos caindo aos bocados. Muitos passavam daquele lugar, mas ninguém sentiu o que senti.
O meu peito ficou trémulo, a cabeça batia como se fosse um tambor que suporta a fúria dos artistas e os meus pés davam passos assustados, os olhos esses já não eram meus, o homem já tinha os arrancado de mim.
Com as mãos na cabeça o homem parecia cada vez mais se contorcendo de tanta dor, uma dor que vem do interior, levando com sigo o ódio e a raiva de estar vivo, o homem nem se quer gritava, muito menos chorava. Estava calado e bem calado. Não parecia nada.
Quem o visse à primeira vista, só de raspão até pensaria que tivesse bebido qualquer coisa, como aguardente, mas juro que não era. Nem isso, nem outra coisa. Era uma dor ardorenta, amarga, apertada e sufocada que lhe saía do interior da forma mais tranquila.
O homem buscava a dor da forma mais aternurada. Tranquilamente, que o possível. Mas em gestos era tudo sinal de dor. Muita dor. Mordia os dentes e os lábios, ainda os molhava. Coçava as pálpebras com muita raiva, como se alguém estivesse por de trás daquela dor e o cutucasse, acredito que com as suas mãos, precisasse coçar-se. Mas não podia. Os dedos estavam a arder de tanta dor interior, estavam a desdilharem – se da forma muito lenta e dolorosa.
Ele já não era nada mais, do que um leproso no meio do caminho se sentindo, com cheiro a fedor que deixava as moscas na fúria e cobiça. E tinham poder sobre ele. Sem poder fazer absolutamente nada. Nada mesmo. Era só pousada e picada. Dor e fervor. Irritação e raiva. Os homens que por aí passavam é que não o cobiçavam.
Eu estava ali. Embora de passagem. Mas estava ali. Com ele. Sentindo a dor, de certeza mais do que ele.
publicado por Revista Literatas às 06:45 | link | comentar
Sábado, 14.05.11

O meu funeral


 David Bamo - Maputo

É menos um seguidor da doutrina marxista. É o final dos grandes prazeres proporcionados às donzelas da Gandeia, passando pelo Mussavene rumo a Nkomane. Fora uma infância sustentada pelos parágrafos de Nelson Mandela de um jovem que crescera trancado num quarto com livros de Marx e Pepetela. É o dia da minha. É dia 30 de Setembro.

Todos choramingam. Se contorcem de dor como nunca antes o fizeram quando fora um ser vivente. A última namorada do meu pai já não era ela. Chora que chega a aborrecer os tímpanos dos convidados ao banquete fúnebre de um falecido chamado eu.
Os meus irmãos estão desesperados. Não acreditam que parti para todo o sempre. Que só nos reencontraremos em terras onde só morram os defuntos, idos destas terras engolidas pela ambição vaginal e penisnal dos Homens.
Zizito, Dodoca e Tsanito, meus amigos de infância choram como se fossem viúvas preocupadas com a riqueza do marido ora moribundo. Naquela altura do meu funeral eu fora estrela porque todos não aceitavam a ideia de nunca mais comigo privar momentos sexuais e assexuais.
Defa minha última pita tornava-se, a partir daquele momento, numa viúva, mesmo antes de casada. Foram anos e anos de penetração em vão. Defa perdera toda a sua inocência no meu quarto. O pai dela, tio Fedinho, de tanto chorar iguala-se a uma virgem que delira pela sua primeira noite de sexo. A minha morte é para ele o fim da família Cumba, os porcos.

No meu funeral também não faltaram as prostitutas da última rua da Baixa, que mijam sem parar alegando que cada um chora por onde sente saudades. A pior dor daquelas mulheres da vida é saber que nunca mais terão as minhas moedas, porque em vida fui um cliente assíduo dos serviços das putas da Rua do Bagamoyo.

Os Muitos vizinhos, mesmo quem não fora meu simpatizante, choram pelo pavor e terror de saberem que um dia deste mundo irão partir para nunca mais voltar. Eu fui o primeiro, azar meu!
Em vida costumava ler muito sobre a morte. Desvendei vários mistérios. Visitei muitos escritos que versam sobre o assunto. Participei em muitos funerais. Vi homens e mulheres perdidos na frustração por verem as pessoas que mais amavam eternamente condenados no caixão. Hoje posso sentir isso.
Mas sinto com uma outra literacia, vejo que o prazer que nos é sugerido pelo sexo é o mesmo o que a morte nos proporciona. A diferença é que, por exemplo, uma virgem teme sempre sentir a penetração do pénis pela primeira vez mas depois de prova-lo, torna-se escrava do mesmo, repetindo a doze umas mil tantas vezes.
Mas o sabor da morte é temido por ser único, aliás, a morte é o único fenómeno que ocorre só uma vez, daí a necessidade de a considerarmos o acontecimento mais nobre do ser humano. Eu como morto atingi o nível mais alto entre as criaturas terrenas.
publicado por Revista Literatas às 00:58 | link | comentar

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