Terça-feira, 28.06.11

Atores

Pedro Du Bois - Itapema

Deve aos papéis o início.
Rasga as folhas em uníssono.
Desprepara-se para o assunto.

Como seu pai lê os jornais
do dia antes do almoço.

É começo do repasto,
não o gosto, nome repetido
em versos: crime
reconduzido ao álibi.

Enoja folhas em branco.
Suja-as com palavras.
Em vão se escondem. O vento
é seu aliado. Na cumplicidade
atores desempregados.
publicado por Revista Literatas às 04:12 | link | comentar | ver comentários (1)
Quinta-feira, 23.06.11

Sangue Novo - 21 Poetas Baianos do Século XXI



A coletânea Sangue novo – 21 poetas baianos do século XXI, publicada pela Escrituras Editora, de São Paulo, terá lançamento em Salvador, no dia 23 de julho de 2011, das 10 às 14 horas, na livraria LDM Multicampi, na Rua Direita da Piedade.Sangue novo conta com organização do poeta José Inácio Vieira de Melo e com apresentação do escritor Mayrant Gallo. A ilustração da capa é de Fernando Aguiar, artista plástico e poeta português.

Relação dos 21 poetas:

Alexandre Coutinho
André Guerra
Bernardo Almeida
Caio Rudá de Oliveira
Clarissa Macedo
Daniel Farias
Edson Oliveira
Érica Azevedo
Fabrício de Queiroz
Gabriela Lopes
Georgio Rios
Gibran Sousa
Gildeone dos Santos Oliveira
Janara Soares
Lidiane Nunes
Priscila Fernandes
Ricardo Thadeu
Saulo Moreira
Vânia Melo
Vanny Araújo
Vitor Nascimento Sá 

Extraido do blog do Poeta José Inácio Vieira de Melo: http://jivmcavaleirodefogo.blogspot.com
publicado por Revista Literatas às 07:51 | link | comentar

Dois Córregos recebe o V Festival Internacional de Poesia

Palestras e oficinas fazem parte do evento que neste ano traz Doutores da Alegria e Marina Colasanti, entre outros poetas
nacionais e internacionais
 


A capital brasileira da poesia vai abrigar nos dias 1, 2 e 3 de julho o V Festival Internacional de Poesia. O evento acontece em Dois Córregos desde 2007 e foi idealizado pelo poeta e empresário, José Eduardo Mendes Camargo.  
 
Com o tema “Poesia, a arte do encontro”, o Festival tem como objetivo disseminar a criação poética entre a população em geral. O evento é gratuito e destinado a poetas, escritores, educadores, estudantes e pessoas interessadas no assunto.  

Neste ano o evento será aberto pelos Doutores da Alegria que desde a década de 90 trabalham em conjunto com profissionais de saúde para auxiliar na rápida recuperação de crianças hospitalizadas. O grupo apresentará a palestra/espetáculo “Profissão Palhaço”. A programação também inclui a participação de importantes poetas nacionais e estrangeiros, como Paula Wenke, responsável pela criação do Teatro dos Sentidos, que se baseia em técnicas de encenação para uma plateia de deficientes visuais e/ou pessoas com os olhos vendados, adaptando textos com o intuito de provocar o tato, olfato, audição e paladar. Através da palestra “Poesia Multimídia”, Paula apresentará seu livro Zoom in Zoom out, onde faz a poesia extrapolar o verso.  
Entre os palestrantes estão os poetas Paulo Netho e José Ricardo Grilo este se apresentando com o músico Adriano Dirribeira; a secretária de educação de Dois Córregos, Rosa Laura Garcia Calacina; o poeta, ensaísta e cronista Affonso Romano de Sant´Anna; a escritora, jornalista e pintora Marina Colasanti; a poetisa, cronista, tradutora e compositora Flora Figueiredo; o escritor e poeta Luiz Coronel; o poeta Saldanha Legendre, além dos poetas Carlos Vásquez Tamayo, da Colômbia, Alfredo Fressia, do Uruguai e a poetisa portuguesa, Ana Vieira.  
A íntima ligação de Dois Córregos com as palavras, e sua vocação para disseminar a literatura, surgiu há 16 anos. Em 1995, José Eduardo Mendes Camargo, que se descobriu poeta na maturidade, criou o Instituto Usina de Sonhos, entidade sem fins lucrativos reconhecida pela UNESCO (Órgão das Nações Unidas para o Desenvolvimento da Cultura) e referendada pelo Ministério da Cultura (MinC), que tem como missão inserir o ser humano desde a infância, nas várias formas de linguagem, em especial, a poética. 
O evento acontece de 1 a 3 de julho, no Hotel Estância Santa Paula, localizado na avenida Gofredo Schilini, s/n, em Dois Córregos. 
O V Festival Internacional de Poesia é um projeto realizado com o apoio do Governo de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura – Programa de Ação Cultural 2010 (ProAc). 

Programação:
Dia 1º de julho, sexta-feira:
09h00 Abertura Oficial do Evento
09h30 – Palestra/espetáculo “A Profissão Palhaço”, com os Doutores da Alegria
11h00 Oficina de Poesia “Soprador de Palavras”, com Paulo Netho
14h00 Palestra “Sobre Dragões e Sonhos”, com José Ricardo Grilo e Adriano Dirribeira
15h30 – Poesia na Escola, com Rosa Laura Garcia Calacina 
Dia 2 de julho, sábado:
09h00 Palestra “Conversa”, com Affonso Romano de Sant´Anna
10h30 – Palestra “Poesia desde sempre”, com Marina Colasanti
14h00 Palestra “Poesia, Rima e Melodia”, com Flora Figueiredo
15h30 Palestra “As múltiplas faces da criação”, com Luiz Coronel
16h30 – Palestra “A poesia de Carlos Saldanha Legendre” 
Dia 3 de julho, domingo:
09h00 – “Poesia Multimídia”, com Paula Wenke e seu livro Zoom in Zoom out
10h30 – Versos diversos com os poetas Carlos Vásquez Tamayo, da Colômbia, Alfredo Fressia, do Uruguai e a poetisa portuguesa, Ana Vieira.
12h00 – Encerramento 
Serviço:

V Festival Internacional de Poesia
Data: 1, 2 e 3 de julho de 2011 
Local: Hotel Estância Santa Paula
Endereço: Avenida Gofredo Schilini, s/n - Dois Córregos (SP)
Horário: sexta e sábado, das 9h às 17h30 e domingo, das 9h às 12h
Telefone: (14) 3652-1265/ 3652-2288

 

Informações para a imprensa:
Audrey Fernandes
(16) 8181-3287
Fabíola Quadros
(11) 9211-8134
publicado por Revista Literatas às 07:18 | link | comentar

Escrevivências em Doses Crônicas

Por: Marcelo Soriano - Brasil
 








1ª  dose - Prólogo 
Recebi com muito gosto o convite para escrever uma crônica para a Revista Literatas. Fico feliz e grato ao irmão Amosse Mucavele que disse-me: "Sabes, conquistaste o coração dos moçambicanos.", referindo-se ao artigo publicado na Tempo Nº Zero (http://www.revista-tempo.com/) que foi relançada em Maio, recentemente. Mantenho firme, com este tipo de intercâmbio, o sonho de ver/ler a riqueza cultural dos países da CPLP transitando livremente, sem fronteiras, de lá para cá, daqui para lá.
 
2ª  dose - A microliteratura nas redes sociais 
Desde pequeno tendo a escrever com o mínimo de caracteres. Aquilo que seria uma mania estranha de um garoto que pensava demais e falava (e escrevia) de menos, hoje transformou-se em modismo cultural, propagado amplamente pelo Twitter, Facebook, Blogues em geral, enfim, pelas chamadas Redes de Relacionamentos Sócio-Virtuais. Bem, o que poderia dizer aquele garoto de antigamente, de poucas letras com grande significado (ao menos para si)?! O garoto se encontrou, não apenas consigo mesmo, mas com uma proposta de literatura (e, por conseqüência, literatos jovens de todas as idades), tão espontânea, quanto fluente pelos países da CPLP. Críticas, estudos, discussões sobre o teor e a pertinência cultural das expressões literárias deste "novo" estilo de escrever... Bom, deixemos isto aos acadêmicos! 
3ª  dose - Aforismos sobre Literatura 
  • A literatura é  um mar de rosas de cabeças baixas.
  • Lembre-se: neste mundo, uma palavra vale muito mais que mil idéias.
  • Nada de falar a verdade. Um poeta verdadeiro deve sempre escrever a verdade.
  • Um grande escritor não é aquele que se libera ao ímpeto do escrever. Um grande escritor resiste ao ímpeto de não escrever.
  • A poesia vem do nada, logo, poesia é tudo!
  • O escrever é superior ao redigir.
  • Todo o poema pode ser melhorado. Todo o poema deve ser melhorado. Não fosse assim, não seria poema.
  • O universo uniu os versos... E esquartejou os poetas...
  • Nunca duvide da Arte de dormir operário e acordar poeta.
  • A poesia funciona quando o leitor sorri.
  • O livro é uma gaiola de pássaros que canta para ser aberta.
  • Os menos preparados sempre sucumbem ao afã da palavra final.
  • O bom poema é o que nos lê.
  • A verdade está situada em algum lugar ilegível entre as metáforas e as parábolas.
  • O óbvio, às vezes, surpreende.
  • Quem passa a maior parte do tempo tentando ser genial, acaba se tornando um gênio muito chato.
  • Nós que escrevemos tanto sobre amor, não é que o saibamos ao ponto de ensinar, é porque precisamos escrever; escrever ao ponto de aprender. Por isso eu digo, sem ser douto no assunto... Escrever também é amar.
  • Poetas são árvores frutíferas que acharam mais produtivo perambular.
  • Escrever é pura falta do que fazer quando se está com a agenda lotada.
  • Já observaram? O livro aberto tem formato de pássaro.
  • O autor é o Deus do livro, mas é comum deuses serem engolidos pela vaidade da própria criação.
  • Há poemas que são auto-exorcistas.
  • Apelo aos escritores: deixem de definir o amor e comecem a amar!
  • Para o poeta ser amado é ser lido.
  • Um livro de papel comestível venderia mais (porque mataria, também, a fome do corpo).
  • Por mais enfadonha que seja a nossa história de vida, largar o livro nem pensar!
  • Escrevo primeiro; penso depois. Se pensasse antes, jamais escreveria. Escrever não é um caso pensado.
  • A minha grande certeza é a incerteza das letras de um poema não escrito.
  • Poesia de verdade não é a leitura do mesmo, é a releitura do novo.
  • O Poeta se faz digno pelo strip-tease de suas palavras.
  • Ler com o lápis; escrever com os olhos.
  • A vida é uma luta diária. Em todos os amanheceres reiniciamos do nada. Escrever é semelhante.
  • A cisma da Ordem dos Poetas Alucinados é jamais saber precisamente o lugar correto e derradeiro do ponto final.

************ 
publicado por Revista Literatas às 07:12 | link | comentar | ver comentários (40)

Ficção brasileira que chegou aos EUA e à Itália

     Luana McCain - Brasil   
  
'O Enigma do Guarda-Roupa é o primeiro volume da série Horror, composta por cinco títulos´independentes, cujo objetivo é proporcionar calafrios de medo no leitor, mediante histórias arquitetadas no sobrenatural e nas profundezas da mente humana.
Com enredos simples, capítulos curtos e linguagem rápida, sem rodeios, os livros pretendem alcançar o público que não dispõe de tempo suficiente para leituras áridas, menos ainda o de fazer longos exercícios de imaginação.
           Pretendem, também, transformar o ato de ler em momentos inesquecíveis, de modo que estes despertem o interesse, a curiosidade e motive o leitor a encantar-se com o universo da leitura.
           Em O Enigma do Guarda-Roupa, o sobrenatural comparece da primeira à última página.
A história é contada de forma nua, crua, sem requintes, por uma adolescente que terá sua vida completamente virada de cabeça para baixo quando sua família resolve mudar-se para um sinistro casarão.
Lá, depara-se com um antigo guarda-roupa que, conforme a última moradora, é mal-assombrado.
No início, atribui a história a boatos. Mas após uma sucessão de bizarros acontecimentos,  começa a perceber
que há uma presença macabra à espreita.
Será que a adolescente conseguirá desvendar a tempo o enigma do guarda-roupa?'



Sérgio Simka
É professor universitário e escritor. Coordenador do curso de Letras das Faculdades Integradas de Ribeirão
Pires (FIRP). Seu site: www.sergiosimka.com.


Luana McCain
Cursa Letras, é colunista, revisora e suicida.


Seri
É jornalista e ilustrador. Trabalha no jornal Diário do Grande ABC, de Santo André-SP.





Páginas: 72
Edição: 1ª
Ano: 2010
Editora: Iglu
ISBN: 978-85-7494-131-8
Formato: 21,00 cm x 14,00 cm
Peso: 91g



publicado por Revista Literatas às 06:48 | link | comentar
Quarta-feira, 22.06.11

Domesticar

Pedro Du Bois - Itapema

Amanso o cão
recolho seus caninos
abano o seu rabo:

a fera
é bicho
de estimação
em barateado
contexto

domesticada fera
tomba ao passado: comida exposta
                                 em descanso.


publicado por Revista Literatas às 08:26 | link | comentar | ver comentários (1)

Cabo Nelci Nunes, um romancista poeta


14/06/2011 - Poetas Del Mundo - Brasil

Um romancista poeta ou um poeta romancista. É assim que o Cabo Nelci José Nunes Silva, mineiro de Belo Horizonte, se autodefine. Contrariando aqueles que não acreditam na sensibilidade de um policial militar, o escritor contemporâneo mostra a sua verve literária em obras como Tarumirim, A Cabeceira e muitas outras,  com o mesmo potencial para entreter e emocionar o leitor.

Com 43 anos de idade, 24 deles dedicados à Corporação, Nelci está, atualmente, atuando no Centro de Referência, Controle e Tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis – CRCT-Aids, unidade instalada no Hospital da Polícia Militar – HPM, onde é reconhecido como um profissional competente. Nelci é casado com a secretária Nardélia Silva Ramos e tem dois filhos, Alexander, de 17 anos, e Henrique, de oito, que considera as suas maiores e melhores obras.
“Minha predileção pela literatura não interfere nas atividades de policial militar, pelo contrário, contribui para que eu entenda melhor o comportamento humano e os mais diferentes problemas que, cotidianamente, surgem no meu turno de trabalho”, ressalta. “Sou um escritor que, como tantos outros, observa o dia a dia das pessoas para se inspirar. Alguns dos meus poemas e contos são frutos do que ocorre em uma determinada época, que pode ser no passado, presente ou futuro”, destaca.
OBRAS
O seu primeiro trabalho – Tarumirim -, escrito aos 18 anos, continua engavetado até hoje, “por falta de patrocínio”, explica. Mas essa mesma obra, que está sendo revisada e ampliada pelo próprio Nelci Nunes, será, finalmente, publicada no ano que vem. “Com recursos próprios”, garante o poeta. “Infelizmente, os escritores desconhecidos do grande público sofrem esse estigma, que só é vencido quando o sucesso vem.”
A sua segunda obra, no entanto, teve destino diferente, uma vez que o romance A Cabeceira, publicado em Fevereiro de 2010, esgotou em apenas um mês. “Foi um sucesso de aceitação, que me deu muita alegria”, exprime o escritor. O livro Histórias Inanimadas  também lhe trouxe uma surpresa: recebeu, em 1998, uma apreciação especial do ex-presidente da República e então senador José Sarney, que escreveu: “Li o seu conto com o máximo interesse, e lembrei-me do escritor Edgar Allan Poe, em sua obra Histórias Extraordinárias. Bravo!”.
Uma das maiores alegrias de Nelci Nunes ocorreu, em maio deste ano, quando foi aprovado, em primeira sessão, para assumir uma cadeira na Academia de Letras João Guimarães Rosa, da Polícia Militar de Minas Gerais. “Foi uma das melhores coisas que me aconteceu na vida”, garante. Mas, não é só isso. O autor é o terceiro praça a entrar para ALJGR e também o primeiro cabo a merecer a honraria.
Inspirado em autores como Machado de Assis, Érico Veríssimo e Humberto de Campos, brasileiros, e no português Éça de Queiroz, Nelci tem, também, predileção por escritores estrangeiros, como o irlandês Jaimes Joyce. “Eles são os maiores do Planeta e merecem ser lidos e relidos, sempre.”
Essa admiração por grandes autores, Nelci percebeu que existe  por todos os lugares que passou, como a Academia Municipalista de Letras, que o convidou para ser um de seus membros e ele não aceitou. “Na época, não estava preparado”, modestamente, recorda. “Mas, hoje, estou”, completa.
CONTOS
Como é autodidata, a exemplo do também escritor português José Saramago (in memoriam), o policial militar se enveredou também pelo caminho dos contos e, impulsionado pela vida na caserna, escreveu O Menino, “um suspense de excelente qualidade, segundo os leitores”, ressalta. Posteriormente, veio o policial O Caminho, história que remonta os idos de 2001 e trata de roubos ocorridos em Belo Horizonte. Esse conto ganhou o 1º lugar, como convidado, de um concurso da Academia Municipalista de Letras.
Nelci Nunes escreve para todo o tipo de leitor, desde o mais exigente até o mais simples. Seu trabalho agrada ,principalmente, a quem procura escritores emergentes em bienais e em projetos como o Sempre um Papo, levado ao público no Palácio das Artes, em bares temáticos da cidade e até em alguns programas de televisão.
Para conhecer melhor o escritor, o caminho mais curto  é adquirir uma obra sua ou acessar o site www.muraldoescritor.com.br, onde, com frequência, o policial militar publica trechos de seus livros, com o pseudônimo Nelci Nunes, o Falador. (Alexandre França)


POEMA AZUL
                                                                                         
Dedicado a umas 'divisões' de mãe...

Rompe de encontro ao vento; ela, de olhar faceiro,
Sempre reunindo forças, e; com o sol renasce, não é pose,
Labor suave de pensamentos, versos, fábula...
Nesta sua recôndita poesia de fina ternura, reúne,
Mar, elementos, vozes, brilho; a mãe e o gesto de amar.
Tins... Parintins, seu coração é a Festa de Parintins,
Dos bois, em lugar algum não há, mais enfeitados.
Santa festeira, mãe que encanta. É sílaba solta, San...
Tosse discreta, caso de se fazer presente, cantos,
Tantos festejos, bumbo, tambores, tarol e tan-tan...
Nus, anjos, Barroco; mãe valorosa; filhos, anjos nus.


QUANDO A SORTE VOA
                                                               
Saio à noite.
Ando sem rumo,
O casario passa por mim,
Segue lento, mal iluminado.

Mordo algumas pulgas,
Em busca do tempo perdido,
Teria sido mais feliz,
Depois do primeiro passo atrás.

Estou sendo fumado pelo tempo,
Lembranças monótonas, ruins.
Os mortos não sossegam de dia.
Viajam cada vez mais vivos,
Entre um silêncio e outro.

Aqui é proibido fumar.
Este depenado companheiro,
Solidário, traga-me aos poucos.
Viajo escondido na sua fumaça,
Incrédulo, desapareço em plena luz diurna...
publicado por Revista Literatas às 08:18 | link | comentar

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Associação Movimento Literário Kuphaluxa

 

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