Madrugada de feitiços

De: Américo Matavele - Maputo

Traços brilhantes que furam a escuridão
É o nascer do Sol
A esperança.

O silêncio nocturno me sufocava
Punha-me navegando entre o fugir e o chorar
Meu âmago destroçado por lembranças
A dor ainda dilacerante na alma

É o primeiro alvorecer que vivo sem ela
E o pensamento persegue-me indelével
A corda desistida ainda baloiçando do barrote
Azar meu, as cadeiras ela levou todas.

E a vida desconhecida, pulsante e solítária
Tenta me capturar ainda vivo para me escravizar
Mas consigo fugir, e levando no pilão decidido
Alcanço o pescoço na corda e sorrio triufante para ela.
tags:
publicado por Revista Literatas às 07:31 | link | comentar