A Outra alma do Coração


Izidine Jaime – Maputo

Na penumbra vazia do pensamento
Há um silêncio nauseabundando a imaginação
Dos tantos amores que o passado afogou
E que nunca foram amores.

Os passos se erguem indecisos
Falando sem melodia reposteira de ordem
As coisas passam!
Só porque tem passagem no tempo.
O tempo é insondável,
Não dorme,
Nem no amanhecer da noite.

Há um vácuo por onde os sentimentos
Fingem ser donos da alma
Inconscientes, arco-irizam a vida.
Ah! Como é tão bom amar.
Mas o amor humano
Está longe de ser mútuo
E se não é!
Ridículos são todos os Homens que amam.
publicado por Revista Literatas às 08:12 | link | comentar