Sonhos Molhados


Peter Pedro Pierre – Maputo

Deixaste em meu dispor a beleza natural


Do teu corpo cabal


Vieste em minha direcção tão voraz


Com gestos de mulher audaz





Totalmente inserta de pejo


Roubaste-me um beijo


Que despiu-me o pudor,


Despertou em mim o desejo,


Veio o borbulhar do calor





Minha língua percorreu teu corpo curvilíneo


Conchas, ancas, quadril, traseiro.


Teu corpo inteiro


Exalava a tesão


Suplicando para ser devorado





Envolve-te em meus braços.


Imaginei-te de bruços.


Como uma flor


Abriste as tuas pétalas


Ajuste-me entre elas


Atolado o meu pé na tua carne.





Senti-te e senti-me dentro de ti


Estavas toda melada,


Te entregaste a mim e eu a ti.


Nossos corpos fundiram-se,


Nossos rostos com expressões de prazer


Respiração ofegante,


Nos meus ouvidos teu gemido picante





Mordiscaste meu pescoço


Levaste-me ao delírio


Meu compasso de vai e vem acelerou.


Contorceste teu corpo revirando os olhos.


Cravaste as unhas em minhas costas


Desbravando-as como uma charrua


Desbravando aterra





Juntos, chegamos ao clímax


Atingindo um orgasmo intenso


Abraçamo-nos forte e urramos


Ahh, ahh, ahh


Queríamos mais


Mas o despertador tocou.
publicado por Revista Literatas às 04:30 | link | comentar