Terça-feira, 24.05.11

Kuphaluxa realiza Sarau de Poesia em homenagem a José Craveirinha neste sábado



O Movimento Literário Kuphaluxa realiza no próximo sábado dia 28 de Maio, um Sarau de Poesia alusivo ao 89º Aniversário do poeta José Craveirinha.
O evento terá lugar na Casa do José Craveirinha, no bairro da Munhuana (Mafalala) arredores da cidade de Maputo, a partir das 15:00 horas e juntará vários declamadores e poetas que exaltarão a poesia do Poeta – mor.
Este Sarau será o seguimento do evento a decorrer no Centro Cultural Brasil Moçambique na quinta-feira, de relançamento da Obra “Maria”, outra actividade que visa homenagear o poeta!
O Kuphaluxa, pretende com este evento, fazer conhecer aos jovens, o Craveirinha para além de Poeta. Mas também, um Homem e Cidadão que fora e com certeza continua sendo, nas suas três vidas.
Calane da Silva, Pedro Muiambo, Sónia Sultuane, entre outros escritores, farão parte do evento como convidados especiais, para além dos declamadores dos grupos Poetas D´Alma, do Instituto Cultural Moçambique Alemanha (ICMA), Nkaringana Arte e os do Kuphaluxa.
A família Craveirinha, vai participar activamente neste evento e vai dar a conhecer alguns segredos de vida quotidiana com o Poeta, constituindo uma oportunidade única para os jovens amantes da literatura e da sociedade em geral. 
Confirme presença e ou apoio pelos contactos: 
Celular: (+258) 82 27 17 645
E-mail: kuphaluxa.blogspot.com
Página Oficial: http://www.facebook.com/home.php?sk=group_185846178099556&ref=notif&notif_t=group_activity#!/event.php?eid=187759261276694  
publicado por Revista Literatas às 10:26 | link | comentar

Elapo Akha Otchawene (Na minha Terra é bem lá/Longe)


Izidine Jaime – Maputo

Elapo akha otchawene
Onde os ventos calam N’sipos[1] da vida
E as nuvens dançam o fumo da noite.

Elapo akha otchawene
Onde as Omathas[2] tem família
A mandioca pila o amendoim
E a terra se esvazia.

Elapo akha otchawene
Onde as manhãs se arrependem de ser
Cronometram o dia para anoitecer
Onde a caracata e o khwilile bailam no organismo
E os munepas[3] das árvores fazem turismo.

Elapo akha otchawene
Onde os rios cobram impostos,
A doença não tem postos,
O alcatrão é vermelho
E os embondeiros são régulos.

Elapo akha otchawene
Onde os n’vorocolos[4] tem horta
Os grilos proclamam o amanhacer da noite
E a tradição é a nossa moda.

Elapo akha otchawene
Onde não nasci
mas sou de lá!?


[1] – Músicas
[2] – Machambas
[3] - Espíritos
[4] – Pássaros
publicado por Revista Literatas às 10:17 | link | comentar

“Eu sou um petiz igual aos outros”

Ivan Gujamo - Tete

Um petiz como eu
Uma criança igual a mim
É sempre uma esperança
Seja bem cuidada ou não, é uma esperança

Vagueio pelas ruas de costas e ancas nuas
Destemido das vaias ou apupos
Vou pedinchando, esmolando o pouco possível
Desde o mais sensível até ao beneficiário de tudo possível

Ergo-me de pés juntos próximo ao semáforo...
Mas sobre os meus pés somente cai a cinza do cigarro
O vidro do carro eleva-se e o rosto do proprietário oculta¬¬-se

Ai! Kero sim alguém que me escuta

Não aprendi o bê-á-bá pela deficiência económica
Por isso mesmo nem o meu nome sei gatafunhar
Queria quem me ajudasse a distinguir o certo do errado
O bom do ruim, o esquerdo do direito e o alto do baixo

Eu sou um petiz igual aos outros
Mereço paz, amor e carinho
Alguém por favor, tire-me desse sarilho

Não tenho abrigo, nem tecto
Sou um todo de mau aspecto
Nas noites não tenho cobertor
Oh! Jesus meu redentor....
Nas noites solto gemidos e estremeço convulsivamente
Ah! Sinceramente.......

Eu sou um petiz igual aos outros
Eu quero, é de comer
Eu quero, é aprender
Eu quero, é de vestir

Eu quero mais, conhecer os meus direitos e os meus deveres
Eu quero ter a protecção contra a violência
Eu quero como as outras crianças....
Fechar os dedos e fazer o punho...
Cantar, saltitar e gritar... Vinha o 1 de Junho
publicado por Revista Literatas às 10:13 | link | comentar | ver comentários (1)

Ronda da Noite


 Amosse Matavele - Maputo

Rondam os chuis colonizados pela cor cinzenta
A pincel pintam o asfalto (sub)urbano recalcado pelas pegadas do judas
E a forca divina quando e que pisara este lugar invisitável?
Vigilância: o lupanar do tropel das infindáveis noites agrestes
Concorrência: a espingarda nas costa do policia e a navalha nas mãos do mabandido-
                                                     o herói da esquina
Onde a vida calha                       
                                        Mas
A morte não falha
publicado por Revista Literatas às 10:03 | link | comentar

Uma viagem pelo cinema Italiano em Maputo


NELCI-MOZAMBICO promove Ciclo de Cinema Italiano, de 23 a 27 de Maio de 2011, na Sala Magna da Faculdade de Medicina -UEM das 15:30 ás 17:30. Maputo.
 
Entrada Livre

NELCI-MOZAMBICO promuove lo Ciclo di Cinema Italiano, de 23 a 27 maggio 2011, nella sala Magna della Facoltà di Medicina-UEM Dalle 15:30 alle 17:30
Ingresso Libero

Passe a Palavra /
Spargi la voce

encontre-nos em www.facebook.com/pages/NELCI-MOZAMBICO
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publicado por Revista Literatas às 09:56 | link | comentar

Quem


Pedro Du Bois – Itapema – Brasil


Não me queima o futuro
em orações e gestos
de apadrinhamento.

     O verbo referencia a ação
     na necessidade do ato.

Sou passado transgressor
de físicas leis: tempo
                 e espaço.

     O verso reflexo da palavra
     revolvida ao ser lembrada.

Sou presente ausência do significado
elencado no discurso: medo
                     e sensação vazia
                     do que em mim
                     se desespera.


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publicado por Revista Literatas às 09:51 | link | comentar | ver comentários (1)

Exposição de poemas atrai público em Belo Horizonte


Poesia Para Parar o Tempo ( Exposição )
Categoria: Exposições
GRATUITO
Data: 17/05/2011 a 05/06/2011
Local: Rodoviária
Praça Rio Branco, s/nº - Centro
Tel. 3271-3000
das 8h às 20h. Exposição de Antônio Carlos Dayrell. A mostra apresenta poemas visuais, crônicas que examinam o cotidiano e desenhos contextualizados, elaborados pela artista plástica Iara Abreu, ilustradora do livro artesanal que dá nome à exposição. A mostra fica aberta ao público na Galeria de Arte do terminal, no hall principal. Entrada Franca.
publicado por Revista Literatas às 09:41 | link | comentar

Justina, a escolhida


David Bamo - Maputo

É o grito mais alto que o próprio alto
É a loucura mais louca dos malucos
É a orgia das nossas tribos

São os Bamos e os Langas
A delirarem de prazer
Lacrimejam pela doçura genital

Unem – se os corpos
Beijam – se os lábios
Amam – se os corações

É fim da minha solidão
Bem vinda a felicidade
Chegou a Justina
A minha escolhida
publicado por Revista Literatas às 09:37 | link | comentar

Memória

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publicado por Revista Literatas às 09:32 | link | comentar

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