Sábado, 14.05.11

POEGRAFIA ao LEDO IVO*

 

Amosse Mucavele - Maputo

Um homem vindo de um lugar  pobre e distante das metrópoles, sonhou em um dia alavancar o nome da sua terra natal (Maceió - Alagoas). Como os sonhos não envelhecem (R. Riso) continuo firme a trilhar o caminho dos seus sonhos, mas nunca compartilhou com alguém, guardava-os na gaveta da sua cachola.
Procurou tantos ofícios e aperfeiçoou-se no oficio de ourives da palavra, lapidou os seus sonhos e lançou-os em forma de IMAGINAÇÕES, e dai percebeu que ter uma ourivesaria precisa de mão-de-obra e material e a título individual não iria conseguir levar avante o projecto, o colectivismo veio átona (nasceu a geração 45).
 
 Os sonhos deste homem continuaram fortes como a rocha, altos como o Everest
colocou um desafio a si mesmo de deliciar o mundo e mostrar o quão grande e a LINGUAGEM da palavra que ele fabrica.
Este homem nunca teve inspiração pois a poesia e o sol que  brilha no seu dia -a -dia e os SONETOS acontecem A NOITE.

O Brasil tornou-se pequeno, atravessou os céus e foi a PARIS graças as MAGIAS das suas mãos REI da EUROPA reconheceu a grandeza da sua obra.
Neste momento eu estou aqui na ESTAÇÃO CENTRAL a espera do trem que traz O UNIVERSO POÉTICO deste homem.

*natural de Maceió – Alagoas expoente da Geração 45, publicou numerosos livros de poesia As Imaginações (1944), A linguagem (1951), Acontecimento do soneto e ode a noite (1951), um Brasileiro em Paris e o Rei da Europa (1955), Estação central (1964).  Também e  novelista, contista, cronista  e critico literário  autor do ensaio – O universo poético de Raul Pompeia (1963)

Amosse Eugénio Mucavel nasceu em Maputo aos 8 de Julho de 1987,e fez o curso agro-pecuário Instituto Agrário Boane, e membro do Movimento Literário Kuphaluxa, onde coordena o projecto literatura na escola
                                              
amosse1987@yahoo.com.br
publicado por Revista Literatas às 02:33 | link | comentar

Craveirinha, Homem, Cidadão e Poeta


O Movimento Literário Kuphaluxa vai homenagear o homem que nasceu três vezes, o poeta de Mafalala e autodidata em que o povo confiava, José Craveirinha, por ocasião da data do seu nascimento que se assinala no próximo dia 28 de Maio.

Para comemorar essa data, o Kuphaluxa vai movimentar declamadores e escritores para a cidade da Matola, para prestar homenagem ao Craveirinha Homem, Craveirinha cidadão e Craveirinha Poeta. Homem que lutou pela integridade e cidadania e poeta que escreveu com o seu autodidatismo a poesia objectiva de qualidade premiada por toda África e o mundo.

A celebração do dia de nascimento do maior poeta da história moçambicana, começa com uma visita a Casa Museu Craveirinha, a sua residência no bairro suburbano da Munhuana, chamado Mafalala, no dia 18 de Maio, por ocasião do dia Internacional dos Museus.
No prosseguimento, virá o ponto mais alto das celebrações do 28 de Maio que será o relançamento e o debate da obra Maria, onde se encontra a verdadeira dimensão do José Craveirinha, nas vidas que tivera, como Mário Vieira, J.C., J. Cravo, José Cravo, Jesuíno Cravo ou Abílio Cossa.
O evento de relançamento da obra “Maria”, terá lugar no Centro Cultural Brasil – Moçambique, na quinta-feira, dia 26 deste mês as 18 horas, com sessão de declamação e debate sobre a obra. Por fim, a juventude vai exaltar os valores do poeta num grande sarau de poesia e música acústica no Auditório Municipal da cidade da Matola, no dia 28 de Maio as 16 horas.

Se pretende Participar dos eventos, seja como parceiro ou artista contacte-nos:
E-mail: kuphaluxa@gmail.com
Cel: +258 82 27 17 645
Ou então, se está em Maputo, encontre-nos às Quartas e Sextas-feiras as 18 horas no Centro Cultural Brasil-Moçambique, sito na Avenida 25 de Setembro, nº 1728, baixa da cidade de Maputo.
publicado por Revista Literatas às 01:23 | link | comentar

Quando eu morrer…

Eduardo Quive - Maputo
 
Levai a minha amada para os homens,
Os meus filhos que fiquem com o além.
Levai os meus escritos para o povo,
O que sobrar que seja para quem quiser.

Na minha morte…
Na minha transferência vital,
Na minha derrota sob a vida,
Nos meus passos pelo horizonte,
Na tragédia contra a vida…
Mandam-me para avenida.

Chamem a todos,
Partilhem o meu corpo com os ladrões do Lhanguene,
Entreguem-me aos assassinos do Cardoso,
Partilhem os meus escombros com o além que levou Craveirinha,
Com a desgraça que engoliu as palavras do Amim,

O resto…
O resto fica com o inferno.

Na minha morte,
Poupem-me das omelias do padre João,
Poupem-me das lágrimas que a mim não estarão a chorar,
Não quero honras de ninguém,
Nem nada…

Quero apenas morrer.

Metam-me que urgência na terra faminta que me vai comer com gosto.
Entreguem-me de imediato a justiça divina.
Bem longe de mim
Distante do colo da minha mãe,
Abandonado pela poesia
E Engolido pelo silêncio profundo.
publicado por Revista Literatas às 01:11 | link | comentar | ver comentários (2)

A Revista Literatas

é um projeto:

 

Associação Movimento Literário Kuphaluxa

 

Dizer, fazer e sentir 

a Literatura

Maio 2011

D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
15
19
20
23
25
26
29

pesquisar neste blog

 

posts recentes

subscrever feeds

últ. comentários

Posts mais comentados

tags

favoritos

arquivo

blogs SAPO