Quarta-feira, 27.04.11

Uma “redescoberta” da literatura africana: Por que só a literatura de lusodescendentes de África é mais conhecida no Brasil?

De: Adelto Gonçalves (*) -- em Brasil
                                                          
 I
            A Editora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) colocou no mercado uma nova colecção, Poetas de Moçambique, em que apresenta antologias dos maiores poetas modernos de língua portuguesa e origem moçambicana. Segundo a editora, os autores escolhidos estabeleceram frequentemente diálogo com a literatura brasileira, especialmente com as obras de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), Cecília Meireles (1901-1964), Vinicius de Moraes (1913-1980) e Manuel Bandeira (1886-1968). Os primeiros volumes são dedicados a José Craveirinha (1922-2003) e Rui Knopfli (1932-1997).
            Craveirinha, primeiro autor africano galardoado com o Prémio Camões, em 1991, é um dos nomes fundamentais da literatura moçambicana. Filho de pai algarvio e mãe ronga, é dono de uma obra concisa, que cobre cinco livros publicados em vida e duas colectâneas póstumas, além de dezenas de poemas espalhados em periódicos e antologias. Este livro reúne os principais poemas do autor com nota biobibliográfica de Emílio Maciel.
            Já Rui Knopfli produziu uma encorpada e original obra literária durante o período colonial. Seus poemas seleccionados estabelecem diálogo com as principais tradições clássicas e modernas da poesia. O livro traz posfácio com texto crítico e nota biobibliográfica de Roberto Said.
            Ao mesmo tempo, a Ateliê Editorial, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp), acaba de lançar Portanto... Pepetela, organizado por Rita Chaves e Tania Macêdo, professoras de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo (USP). O angolano Pepetela, nascido Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, ganhador do Prémio Camões de 1997, é talvez o mais importante romancista de seu país. Com apresentação do moçambicano Mia Couto, o livro reúne 38 artigos e ensaios de estudiosos da obra de Pepetela.
            Nada mais alvissareiro do que essa “redescoberta” da literatura africana de expressão portuguesa. Mas desses três autores, apenas José Craveirinha é resultado da mistura do sangue português com africano. O que se espera é que esse interesse não se restrinja apenas a autores lusodescendentes, mas seja aberto a todos os africanos que fazem literatura em Língua Portuguesa.

                                                           II
            Nada contra Pepetela, Agualusa, Mia Couto ou Luandino Vieira, nomes hoje incontestáveis no panorama da literatura africana de expressão portuguesa. O que se estranha é por que só descendentes de portugueses que nasceram em terras africanas têm largo espaço nos veículos de comunicação de Portugal e nas universidades de Portugal e do Brasil.
            Basta ver que o livro Portanto... Pepetela traz, ao final, uma lista de 56 teses de doutorado e dissertações de mestrado defendidas em universidades brasileiras sobre a obra de Pepetela. Um exagero, evidentemente, porque há muitos outros autores africanos de expressão portuguesa que poderiam ser estudados. E não o são. Não se quer acreditar que seja por racismo, pois o que se espera é que esse tipo de comportamento seja algo já superado, sem razão de existir neste começo de século XXI.
            Talvez seja ainda a "saudade do império colonial perdido", como disse Patrick Chabal, professor de Estudos Africanos do King´s College, de Londres, para se citar aqui um nome isento destas questiúnculas lusófonas, que impeça os acadêmicos e editores portugueses de enxergar que a lusofonia é uma falácia – que não vai chegar a lugar nenhum – enquanto eles não aceitarem a verdadeira dimensão da língua portuguesa para além da Europa.
            Em outras palavras: Pepetela, Agualusa, Mia Couto e Luandino Vieira fazem parte da última geração de lusodescendentes que, nascidos na África, praticam uma literatura com vivência africana. Dentro de 20 ou 30 anos, quando provavelmente já não estiverem mais neste mundo, quem irá representar a Literatura Africana de expressão portuguesa senão os autóctones ou um ou outro miscigenado?
            Portanto, o futuro da Língua Portuguesa na África vai depender dos naturais desses países por onde os portugueses criaram raízes – e também daquelas regiões que, hoje, sofrem com a opressão de vizinhos que não falam português. É o caso da Casamansa, província do Sul do Senegal, que ainda aspira livrar-se da opressão de Dakar para se tornar um país independente e membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Será que em Casamansa não há um único poeta ou escritor que escreva em português? Ou somos nós que não queremos vê-los?
           
            Como diz o escritor moçambicano João Craveirinha, por mais que se assumam "lusófonos", os escritores de tez escura serão sempre os "outros", os outsiders, os ex-colonizados. Entre esses, além de João Craveirinha, pode-se citar de uma enfiada Paulina Chiziane, Ungulani ba Ka Kossa, Nelson Saúte, Noémia de Sousa, Kalungano, Luís Bernardo Honwana e Suleimane Cassamo, de Moçambique; Adriano Mixinge, João Melo, Ondjaki, Victor Kajibanga, Uanhenga Xitu, Ana Paula Tavares, Luís Kandjimbo, de Angola; José Luís Hopffer Almada e Germano Almeida, de Cabo Verde; Abdulai Sila, Hélder Proença (?-2009) e Odete Semedo, da Guiné-Bissau; Alda do Espírito Santo e Tomás Medeiros, de São Tomé Príncipe. E muitos outros.
            O que é preciso dizer – e quase ninguém o faz – é que persistir nessa visão preconceituosa é um erro, que equivale a dar um tiro no próprio pé, pois recusar-se a reconhecer que o futuro da Língua Portuguesa na África depende dos naturais daqueles países é condená-la ao desaparecimento. E olhem que quem escreve isto é um brasileiro de primeira geração, de pai português de Paços de Ferreira, Norte de Portugal, e de avós maternos açorianos.

                                                           III
            Embora o desconhecimento no Brasil acerca dos assuntos africanos seja abissal, não se pode deixar de reconhecer que foi graças aos literatos brasileiros que a Língua Portuguesa continuou viva nas décadas de 1950, 60 e 70 na África de expressão portuguesa, especialmente entre aquela camada mais culta, que gostava de ler Jorge Amado (1912-2001), Érico Veríssimo (1905-1975), Guimarães Rosa (1908-1967) e outros tantos.
            Rui Knopfli mesmo é um poeta fortemente influenciado pela literatura brasileira, além de suas grandes ligações com a poesia portuguesa moderna. De africano, só carrega o fato de ter nascido em Inhambane. Trata-se de um fino poeta, cuja poesia está entre o que de melhor se escreveu em Língua Portuguesa no século XX, mas que, ao contrário de Pepetela que permaneceu em Angola e lutou contra o colonialismo, deixou Moçambique tão logo o país se separou de Portugal. Jamais se assumiu "moçambicano" no anterior e muito menos no atual contexto africano e sociopolítico do pós-independência. Assumiu-se, sim, como um português de Moçambique agastado com os "pretos" da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) que queriam ser iguais aos "brancos".
            A visão que Knopfli tinha da África era eurocêntrica, de um colono que pertencia a uma elite colonial intelectual que, provavelmente, sonhava com um Moçambique semelhante à Rodésia ou à África do Sul sem apartheid, mas com os chamados “brancos” a mandar nos "pretos", ou seja, “cada macaco no seu galho", para se repetir aqui uma expressão politicamente nada correta que se ouve ainda neste Brasil de racismo disfarçado. A lusitanidade européia de Knopfli sempre falou mais alto.
            Quem conhece a vida moçambicana pré-independência sabe muito bem que Knopfli atacara a arte banta do escultor Alberto Chissano e do pintor Malangatana em termos depreciativos, como a dizer que eles nunca poderiam ascender a artistas plenos em razão de sua origem "primitiva", tal como os "bons selvagens" de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), que seriam congenitamente limitados. Isto está na Revista Tempo, de Lourenço Marques (hoje Maputo), dos anos 1970-1971. Quem duvidar que consulte na Biblioteca Nacional de Lisboa a coleção da revista. Mas é claro que isto ninguém gosta de lembrar.
            Como se sabe, na África os conceitos não são os mesmos vigentes no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa em relação ao ser e estar africano. Até porque na África os "nativos" não foram exterminados como os ameríndios nas Américas. E, como continuam a sê-lo no Brasil em pleno século XXI. Para se ter um exemplo desse holocausto, basta ver que os traços indígenas hoje são pouco perceptíveis no brasileiro médio, exceto talvez no homem do Centro-Oeste e do Amazonas, ao contrário do que se pode constatar no Chile, no Paraguai, na Bolívia, no Equador e até na antigamente tão conservadora Argentina. Basta ver o que fazem, nos dias de hoje, certos fazendeiros e seus capangas com os caiowás, em Mato Grosso do Sul, sem que as autoridades tomem qualquer providência mais efetiva.
            Na África, os autóctones continuam a ser maioria esmagadora e isso tem um peso enorme na consciência dos africanos, mesmo em meio a crises econômicas. Até mesmo porque eles estavam num estágio de desenvolvimento superior ao dos indígenas americanos, o que obrigou a chamada colonização portuguesa a restringir-se a vilas e destacamentos litorâneos. Até mesmo para “atravessar” o comércio da escravatura, os portugueses dependiam de nações africanas que traziam subjugados seus inimigos para comercializá-los nas praias. Com isso, a ocupação européia, de um modo geral, nunca conseguiu apagar no homem africano o grande sentimento de pertença ao legado banto.
            Como tudo isso são águas e ressentimentos passados, o que importa hoje é preservar a Língua de Camões também na África. E essa preservação passa por um apoio mais decisivo em favor da divulgação e estudo da literatura de expressão portuguesa que é hoje praticada por africanos de todos os matizes de pele, indistintamente.

_______________________
PORTANTO... PEPETELA, de Rita Chaves e Tania Macêdo (organizadoras). São Paulo: Ateliê Editorial/Fapesp, 2009, 389 págs., R$ 47,00.
ANTOLOGIA POÉTICA, de José Craveirinha. Organizadora: Ana Mafalda Leite. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010, 198 págs., R$ 38,00.
ANTOLOGIA POÉTICA, de Rui Knopfli. Organizador: Eugénio Lisboa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010, 206 págs., R$ 38,00.
__________________________
Adelto Gonçalves é doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo e autor de Gonzaga, um Poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999), Barcelona Brasileira (Lisboa, Nova Arrancada, 1999; São Paulo, Publisher Brasil, 2002) e Bocage - o Perfil Perdido (Lisboa, Caminho, 2003). E-mail: marilizadelto@uol.com.br
publicado por Revista Literatas às 06:18 | link | comentar

A busca

De: Lua Alma – em Maputo


O tempo escorre-nos, no rio da vida
Shuaaahhh!!!!
E no seu leito a voz do amor
Persegue, assombra
Onde estás?
Ah, meu amor. Em que parte desta selva insoniante
 escolhes  camuflar?

Quando escuto o som da noite
No retrato da lua,
Sobre as montanhas negras da
Musa Gaia
E os teus rastros confundem-se-me
Todos,
Diante dos meus olhos, no húmus dos vermes

E na nudez do nada
Onde te espero ver
Nas cacimbas elouquentes da madrugada,
Uma sombra de mãos dadas com a esperança
De sermos!




Oh! As nossas confidências!
aquelas gemadas noites depranto
Que te busquei
Nas veias de todos meus sentidos
Mas onde estás?
Em que paladar da palavra,
Em qual melodia da voz,
Que parte dos pêlos?
Em qual tacto da lágrima??

E neste rio
Cheio de sangue
Nado-lhe, na imensidão, bem no fundo da garganta
Beijando os cadáveres incessantes de existir,
Atravessando as míopes loucuras
Dum coração insano
O meu!
Tudo, buscando -te

E gritam-me os cães do destino
Grotescas criaturas rasgando a carne da pouca impoética
prosa que nos resta !!!

Luto, sozinha com o preto luto
Numa batalha de desencontros,
De beijos tímidos que nao partilhamos
Dos medos e angústias que não exploramos
Dos olhos que partiram no horizonte

Mas meu amor,
Carrego-te no reflexo das águas
O restante de ti,
Guardo bem no peito

E é quando penso vencer,
Quando penso que estou perto
que morres-me

Morres-me amor!
No utópico nada da última gota
Nesse vazio que te busco
Entre o branco papel onde sonhei escrever –te
No sussuro entre a vida e a morte

Morres-me!
Enviuvando o ser que apodrece diante  da miséria
De se estar vivo
Enviuvando o ser que caminha sem sombra
Sem reflexo
Na foz do sonho
De morrer te também um dia

É quem sabe juntos
Desaguar no infinito (a)mar
Onde descansam as poéticas almas
e que como o fénix
Renascem
no novo dia.
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publicado por Revista Literatas às 06:09 | link | comentar

Procuro-te

De: Ruth Boane – em Tete

                              Não sei ao certo a quem procuro
                              Vejo ondas a levarem-me para bem longe
                              Tudo que quero é sair desse mar obscuro.


                              Procuro-te...
                             Em tudo o que é lado
                             Em todas as entranhas do mundo meu
                             Aquele que só meu Deus me deu.
                        
                             Ah, procuro-te!
                             Em tudo o que é canto,
                              Em todos os oceanos,
                              Em todos os ramos científicos,
                              Em todas maravilhas do meu mundo.


                              Ah, o meu coração está mudo!
                             
                               Se ele pudesse falar
                                Toda a verdade me diria
                               
                               Todos os mistérios do mundo meu desvendaria
                               A todos caminhos claros me conduziria.


                              Procuro-te...
                           Nos mais belos jardins
                            Nas mais lindas obras literárias.
                         
                            Procuro-te...
                         Sem nunca te ter visto
                         Sem nunca te ter toucado
                         Sem nunca te ter imaginado.


                        Procuro-te...
                     
                        Nas mais verdadeiras verdades
                       Nos maiores mistérios dos misteriosos mistérios.


                      Procuro-te...
                Não sei onde te posso encontrar
                 Até quando vou ficar nesse obscuro sentimento?
                 Sei que encontrar-te-ei
                  Não sei quando
                  Não sei onde
                  E sei nem como


                      Ah, eu desse jeito lamento
                       Isto virou agora um tormento.


                        Procuro-te...
tags: ,
publicado por Revista Literatas às 06:02 | link | comentar | ver comentários (1)

IIª GRANDE FEIRA DO LIVRO DE MAPUTO (DE 29 DE ABRIL A 01 DE MAIO)

Nos dias 29, 30 de Abril e 01 de Maio decorrerá, no Jardim do Parque dos Continuadores em Maputo (FEIMA), a segunda edição da Grande Feira do Livro de Maputo (IIª GFLM).

A IIª Grande Feira do Livro de Maputo é uma iniciativa conjunta do Conselho Municipal de Maputo e do grupo Culturando, movimento constituído pelos Centros Culturais e missões diplomáticas em Moçambique, concretamente pelo Centro Cultural Brasil-Moçambique-CCBM, pelo Centro Cultural Franco-Moçambicano-CCFM, pelo Instituto Camões em Maputo, pelo Instituto Cultural Moçambique-Alemanhã-ICMA, e pelas Embaixadas da Bélgica, Espanha e Itália, numa parceria que inclui também a FEIMA e o Instituto Nacional do Livro e do Disco (INLD). A Naturalmente é a entidade organizadora do evento, que conta com o patrocínio exclusivo do BCI.
grande feira do livro de maputo 2011.jpg - 179.27 Kb
A IIª GFLM tem como principais objectivos comemorar o Dia Mundial do Livro, promover o gosto pela leitura e estimular e facilitar o acesso à aquisição de livros a preços promocionais.
Durante os três dias da Feira, estão programadas diversas actividades ligadas à divulgação da literatura e do livro em geral, com destaque para a homenagem a ser prestada aos poetas Amin Nordine e Malangatana.
Estão confirmadas as presenças de 27 expositores, entre editoras, livrarias, produtores independentes e Centros Culturais e Embaixadas, o lançamento de 14 livros, conversas e sessões de autógrafos com os autores João Paulo Borges Coelho, Calane da Silva, Mia Couto, Marcelino Dingano, Lina Magaia, Ungulani Ba Ka Khosa, Carlos Serra, Hipólito Sengulane, Jafete Matsimbe, entre outros. A Feira contará também com a presença do escritor e investigador belga Guido Convents e do ilustrador da Guiné Equatorial Ramón Esono, que vai desenvolver em paralelo uma exposição na Baixa da cidade intitulada “Bocas Silenciadas” e um workshop em parceria com a ENAV.

Durante a Feira do Livro de Maputo está igualmente prevista a realização de um programa de animação cultural variado que envolve os contadores de estórias Rogério Manjate, Rafo Dias do Peru, declamadores de poesia, grupos Kupalucha e Poetas do ICMA, monólogos com as actriz portuguesa Filipa Casimiro e a moçambicana Maria Atália Combane, e oficinas infanto-juvenis com a animadora portuguesa Tânia Silva.
publicado por Revista Literatas às 05:58 | link | comentar

EDITAL DO V CONCURSO POESIARTE

Brasil

Vº CONCURSO POESIARTE DE POESIA

REGULAMENTO


1-Participantes:

Poderão participar do concurso moradores do município de Cabo Frio e demais municípios do Brasil, com idade a partir de 8 anos e também aceitando participações internacionais, sendo que o poemas sejam escritos em língua portuguesa.

2. Período de inscrição:

Os trabalhos deverão ser entregues para:

 Rodrigo Octavio Pereira de Andrade, no seguinte endereço: Rua Jorge Lóssio, n°1478, Vila Nova – Cabo Frio/RJ.– CEP 28907-015, as inscrições serão aceitas de 17 de março a 17 de maio de 2011 ou enviadas por Correio até a mesma data, valendo o carimbo postal como comprovante do prazo ou para os seguinte  e-mail: poesiarte@hotmail.com .

3. Modalidade:

3.1- Poesia – 1 (uma) por concorrente, com o máximo de 3 (três) laudas (folhas).

4. Tema: LIVRE.

5. Textos:

5.1. Deverão ser escritos em língua portuguesa, digitados em papel branco A4, de um só lado da folha em fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12, espaço 1,5, em 5 (cinco) vias(cópias);

5.2. Não serão aceitos trabalhos manuscritos. (ver item 3.1)

5.3. Os trabalhos deverão ser inéditos, isto é, ainda não publicados em nenhum meio de comunicação ou em livro e principalmente por sites ou blogs na internet.

5.4. Os textos deverão conter exclusivamente o título da obra e o pseudônimo do autor.

5.4.1. Os pseudônimos não deverão guardar qualquer semelhança com o nome, apelido ou outro fator de identificação do concorrente.

6. Apresentação dos trabalhos – Envelope e Via Email.

6.1. Os trabalhos deverão ser enviados dentro de um envelope endereçado da seguinte maneira:

V° CONCURSO POESIARTE DE POESIA

Rodrigo Octavio Pereira de Andrade
Rua Jorge Lóssio, n°1478, Vila Nova – Cabo Frio-RJ.
CEP 28907-015.

No remetente deverá vir escrito o nome do autor e o endereço.

6.1.1. O pseudônimo não poderá vir escrito no exterior do envelope.

6.2. Todas as folhas dos trabalhos deverão conter apenas o pseudônimo no rodapé, sem assinatura ou qualquer tipo de identificação.

6.3. A ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada deverá vir dentro do envelope.

Modelo de ficha de inscrição:

Nome completo:

Cidade de origem:

Data de nascimento:

Cidade que representa:

Atividade: (Profissão).

Título do poema:

Pseudônimo:

Site ou blog:

Email:

Uma foto, pois um dos premiados terá uma caricatura feita pelo Zel Humor. Se for via email, envie a foto digitalizada.

6.4. Não haverá devolução dos trabalhos recebidos.

6.5. Os trabalhos que não obedecerem às regras estipuladas serão automaticamente desclassificados.

6.6. Os poemas enviados por via email deverão estar em documento Word, seguindo as especificações do item 5.1.

7. Julgamento:

7.1. O corpo de jurados será formado por profissionais da área, altamente qualificados e designados pela Comissão Organizadora do Concurso, que serão conhecidos e apresentados brevemente nos seguintes blogs:




7.2. As decisões do júri são soberanas e irrecorríveis.

7.3. Serão ainda critérios para julgamento:

7.3.1. Demonstrar conhecimento da linguagem. Seguindo os seguintes itens: conotação (figuras de linguagem), intertextualidade, ritmo, vocabulário e criatividade.

7.3.2. Manter o texto dentro das dimensões propostas no Regulamento.

7.3.3. Não serão aceitos temas pornográficos, preconceitos de cor, raça, religião e etc. Desta forma, a poesia será imediatamente vetada.

7.4. A comissão organizadora decidirá sobre as omissões deste Regulamento, depois de ouvida a opinião do júri.

8. Divulgação dos resultados:

A divulgação dos poemas inscritos com os seus pseudônimos será feitas através da Comunidade POESIARTE do ORKUT e no blog, que também divulgarão o resultado final do mesmo nos seguintes links:




9. Premiação:

9.1. O primeiro colocado receberá um certificado de participação, o livro “ZUMBI: GUERREIRO, REI E MÁRTIR DOS PALMARES” do acadêmico Jailson Santos da Academia de Letras do Brasil da Bahia ,uma tela da artista plástica Nice Ventura e uma caricatura do Mestre Zel Humor.

9.2. O segundo colocado receberá um certificado de participação, o livro “ZUMBI: GUERREIRO, REI E MÁRTIR DOS PALMARES” do acadêmico Jailson Santos da Academia de Letras do Brasil da Bahia e uma tela do artista plástico Carlos Ribeiro.

9.3. O terceiro colocado receberá um certificado de participação, o livro “ZUMBI: GUERREIRO, REI E MÁRTIR DOS PALMARES” do acadêmico Jailson Santos da Academia de Letras do Brasil da Bahia e uma tela da artista plástica Janete Faria.

Obs.: Caso no decorrer do concurso a comissão organizadora possa adquirir patrocínios os prêmios serão mais pomposos com a realidade do concurso.

9.4. O júri poderá indicar ainda duas menções honrosas, que receberão certificados.

9.5. Em nenhum dos níveis de premiação será permitido o empate.

10. Disposições Gerais:

10.1 A COMUNIDADADE POESIARTE EM FOCO se reserva no direito de publicar poemas, vencedores ou não, em livros, ficando explícito que o ato de inscrição através da Ficha implica em autorização para publicação.


publicado por Revista Literatas às 05:55 | link | comentar

Tu és

Autor do Artigo
De: Izidine Jaime - em Maputo

Tu és …
Tu és o meu nobre aconchego
bela a magia que te fez mulher
abraço o vento do ar que respiras e ganho o sossego

e o espírito da tua sensualidade
morde-me a alma

Ai!!
Não quero
não quero mesmo querendo,
tocar-te!
Sentir-te!
vaguear nos galanteios dos pontos cardiais do teu corpo
brindar teus encantos e ebulir-me todo

Tu és...
Tu és delírio eufórico do meu ser
Tu és sismografia as sensações do meu desejo carnal
vibro e enlouqueço nos teus braços, me transformo em canibal
e te como crua...
como-te nua, sedento à outras posições de prazer

tags: ,
publicado por Revista Literatas às 05:50 | link | comentar | ver comentários (4)
Segunda-feira, 25.04.11

Delírios


De: Vicente Sitoe
 


Meus pensamentos me parasitam
As preocupações me escravizam
Olho para dentro de mim
Vejo um vazio tão grande
Tão grande quanto o nada
Será a morte que se aproxima
Ou a vida que termina?  

Sinto a leveza do nada
É tão pesada como as dunas
Do deserto da minha alma
Vejo uma luz branca flutuante
Me sinto transcendente
A viagem só está  a começar
Já me coloco pontos de perguntação 

Será que a terra não  é o paraíso
Prometido em vidas passadas?
O que fazer para continuar a existir?
Por quê a vida morre no caminho?
Coitado de mim, cheio de juventudes
Sonhos e planos abortados
Esperanças e amores decepcionados 

Vou flutuando entre vazios
A luz preenche o espaço
Oiço um som hipnotizante
Vindo do fim do nada
Sou uma alma descorpuda
Invisível para esconder a nudez
Ai... como odeio a morte!

Chamam o meu nome
Uma porta se-me abre
Parece a sala do Tribunal Final
Se tivesse coração, estaria a bater
Caminhei mais para o fundo
Uma alma me aproxima
Pede para eu terminar este poema
tags: ,
publicado por Revista Literatas às 03:38 | link | comentar

A Revista Literatas

é um projeto:

 

Associação Movimento Literário Kuphaluxa

 

Dizer, fazer e sentir 

a Literatura

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