Terça-feira, 18.01.11

Sinónimos dos nossos dias


De David Júnior / Culunista

É terça-feira, estou na redacção. Onde empresto as minhas habilidades. É um dia lindo. Mas é triste. Triste para quem acaba de sugar o veneno da cobra mamba! A felicidade tornou-se inimiga do homem, que quando não fora adulto opunha-se as tristezas.

Homem cuja vontade de mostrar os dentes não têm motivo. Neste mesmo homem escasseia a felicidade nestes últimos dias. A bicha é cada vez maior. Dizem que ainda falta muito para receber o seu pão. Dizem que todos só têm direito a um. Mas milhares de homens fortes levam consigo três sacos cheios.
Homens e mulheres esfaqueados no esquerdo do peito, por um bando de benfeitores das obras satânicas. Esses engravidados e engravidadores também tornaram-se acólitos da desgraça. O Homem que fora amigo das alegrias morreu a esperança. Ronda nele um enjoou que vai tirar o seu coração pela boca. Já não há pretexto para se amar. A vida do homem é igual a escuridão. É um autêntico beco sem saída. Ele é que escolheu o seu caminho. Alguém o convenceu e lhe prometeu uma vida de rosas ao escolher aquele caminho.

O sofrimento do homem acontece numa odisseia, cujo navio fora abraçado pelos esperançados no brilho. Trata-se de um barco prestes a afundar e o comandante já não consegue gerir a situação. Reside um extremismo desconhecido. Aqui qualquer negócio é válido! Aqui vale tudo, a morte enriquece os mais espertos. Uns reclamam o defesa da coisa doméstica, outros dizem que a palavra de ordem é do chefe de família, o que os politiqueiros diriam “ausência da democracia”. É todo um discurso falacioso. Um discurso para fartar o estômago da minoria. São membros de uma família que age pelo estômago. Não num sentido colectivo mas sim individual. Cada um puxa para o seu canto.
Usam a fragilidade dos irmãos inocentes para satisfazerem as suas ambições. Vivem como se fosse selvagens. Outros ainda, o seu talento para enganar os dorminhocos e desesperados. Alguns irmãos estão bem posicionados mas são perseguidos pela loucura. Foi mentindo e se fazendo de bons moços que alcançaram a fartura. Uma fartura que já lhes custa a vida, pois tiram dinheiro para coisas insignificantes. Manipulam os outros membros da família, na verdade a macumba deles está nas aparentes acções de boa vontade que eles levam a cabo. Que eles já tomaram de assalto a liberdade das famílias ninguém se apercebe. Nesta família onde quem abre a boca mais que a medida certa é envenenado pelo ar. Pelo ar dos poderosos. Os tios, os manos e os chefes de família. Aqueles a quem não devemos espreitar a fazerem amor, se não estaremos a cometer um desrespeito. Nem que seja com várias mulheres não vamos contar as ruas até a morte. Nestas terras, Adam Smith já dizia “A ambição universal dos homens é viver colhendo o que nunca plantaram”. Um abraço

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publicado por Revista Literatas às 06:28 | link | comentar

A morte da poesia

De Francisco Júnior

A poesia morreu…
Ficaram somente palavras,
Algumas guerrilhando,
Outras de mãos estendidas mendigando,
Outras nas lembranças
Do tempo glorioso,
Quando a poesia era um grande meio
De divulgação de sentimentos e verdades.


Não sei o que faço com as palavras,
As recém nascidas,
As envelhecidas com as suas bengalas,
Pois nem direito a pensão da velhice tem,
Com as jovens,
Pois estão sem emprego.
Ninguém quer saber delas,
Pois a poesia morreu.

A fábrica da poesia faliu
Por falta de clientes,
Demoliram o mercado das palavras.


Alguns analistas
Justificam a falência
Com a crise mundial dos idiomas
Outros com a globalização.

Surgiu um novo negócio
Vender a grosso a embriaguês.
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publicado por Revista Literatas às 04:26 | link | comentar

Kuphaluxa celebra parceira com Brasil

Literatas

No âmbito da difusão da literatura moçambicana e no reforço do intercâmbio com os países lusófonos para a troca de experiência, o Movimento Literário Kuphaluxa, iniciou uma parceria com o Portal Cronópios, da Literatura contemporânea Brasileira.
Assim, o Kuphaluxa, passa a integrar na lista dos correspondentes deste órgão de informação literária, no que tange ás notícias de Moçambique, para além de passar a enviar os textos dos membros para fins de publicação.
Para este movimento, esta aliança, é o resultado do seu trabalho no activismo literário e no desenvolvimento da arte no seio dos jovens.
Os artigos, podem ser visitados por um público de qualquer país do mundo, através do endereço http://www.cronopios.com.br/.

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publicado por Revista Literatas às 04:18 | link | comentar

A Revista Literatas

é um projeto:

 

Associação Movimento Literário Kuphaluxa

 

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