Segunda-feira, 31.01.11

Esta madrugada foi diferente!

De: David Bamo - Maputo

É madrugada. Estou na cama. O meu corpo reposa. O pensamento está cada vez mais longe de mim. A minha alma flutua. Eu já não me sinto sozinho. A minha mente cria a sua imagem. As paredes gritam o seu nome. O meu quarto foi perfumado pelo gitou da saudade. Uma saudade com tamanho do oceano. Que ultrapassa o mar. É madrugda. Estou na cama. É madrugada e vou vertendo lágrimas de sangue por viver sozinho...

Sem a sua companhia a minha vida ganhou um sabor venenoso. Sem os seus doces beijo. Sem poder enfiar-me em si como me sentirei homem. O seu corpo já não me pertence. É madrugada. Queria muito fazer amor contigo. A solidão me alcança. Não consigo fingir que estou a acabar aos poucos. Os cegos já notam que o mundo já não me pertence.

Em mim só restou um corpo vadio que circula por estas terras. A minha alma foi engolida pela saudade. Tomada pela solidão. Hoje eu respiro a mágoa. Hoje os meus versos só tem um sentio-a tua ausência. É madrugada. Estou com muitas saudades. Saudades de ser amado por ti.

Eternamente ndividado. Individado com a lucidez que vai me arrancar este faz de contas. As estamos que estamos a fazer amor. Mas quando desperto descubro que é tudo mentira. São imganes que o tempo foi tauando no meu coração. Que o tempo foi iventando na minha mente. Imagens que ninguém já mais apagará. O teu regresso é que poderá me devolver consciência. Ainda é madrugada.

Farto de escrever cartas que nunca leste e não será nesta encarnação que farás a minha desejada leitura. Pobre deste coração. Que de coração já não se trata. É mais um esqueleto deixado pela sua partida. Tu não acreditaste. Foste mulher.

Esta madrugada está um verdadeiro tormento. O medo me rodeia. Medo de acordar e ter a certeza que te perdí para sempre. Do nada vejo o seu olhar me transmitindo confiança para o fututro. Do nada sinto o calor dos seus lábios junto aos meus. Do nada faço amor consigo e até ejaculo. É madrugada. Vou me mastrubando pela força da vontade.

A falta do seu amor virou doença. Eu vivo enganado pela esperança. Uma esperança que só aumenta a minha loucura. Eu não quero acordar. Esta madrugada deve continuar. Eu quero morrer de saudade. E será nesta madrugada. Eu tenho medo do que pode acontecer se eu acordar. Eu não quero contar as ruas. Eu quero partir contigo nesta madrugada.

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publicado por Revista Literatas às 23:40 | link | comentar

Preparados e organizados

De: Nelson Lineu-Maputo

A vitória prepara-se a vitória organiza-se? Quero cingir alguns aspectos de como estamos preparados e organizados na a vitória sobre a pobreza. Além do governo a aprovação de um projecto deve ter o aval daqueles que dizem tem direito de serem ricos porque foram eles que deram a liberdade. Mesmo sem nenhum capital exigem ter açcões no empreendimento caso contrário eles não dão a liberdade de se criar postos de trabalho ao seu maravilhoso povo.

O cabrito não só come onde esta amarado,agora também vive,tem amigos e familiares e a barriga já beija o chão enquanto os outros nem se quer são dignos de serem chamados cabritos. A igualdade de oportunidades é como gigantes na China.
As empresas que vão prestando serviços ao estado são as do chefes ou superiores hierárquicos em cada sector e isto vai contaminando os privados. Ora vejamos como alguém pode concorrer com essa fidelidade á deslealidade?
Daí a luta nos bastidores para ocupar cargo, que nem é pela competência,as vezes o salário mas sim para alargar o seu campo de negócios e serem como se chamam: empresários de sucesso.
Indo visitar a casa da justiça. Sera que esses recíprocos assassinatos da polícia e os criminosos não é porque os criminosos querem seus polícas lá no topo e os polícias querem os seus criminosos na linha da frente? 
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publicado por Revista Literatas às 08:14 | link | comentar

Almas Roubadas


De: Mauro Brito-Maputo

São quatro e meia
Latidos incandescentes se desenrolam
Devaneios na madrugada me cantam,
Há meus sentimentos!
Alvejados  à navalhas de macacadas
Badaladas com  zumbis
Agazalhados em mantos
Proceder caminhada ancestral


Almas habitam o clarear da fraqueza 
Roubam-se rendilhados momentos
Nem pavio, nem chama
Ausência do lume
Encandeiam vidas fúteis 
Na manhã, na alma
Descansar o brio luar
Tu e eu, em sonhos paralelos, encubamo-nos
Roubados foram corações lapidados
Me rodeiam tiroteios melancólicos
água em louvor de pensamentos
Imediatos anseios na razão do ser
Os cantos da alma roubada
Amanhecida em orvalho de primavera
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publicado por Revista Literatas às 08:04 | link | comentar

Reencontro de um amor


De Cruz Salazar-Maputo
Ontem...
Os meus olhos olharam para ela mais uma vez!
A sua doce voz, se fez pessoa no meu peito e iluminou as minhas súplicas.

Ontem...
Os meus olhos lamentavam o passado impiedoso,
Alimentavam-se de alegria e angústia aos dois tempos.

Ontem...

Olhara para ela cheio de qualquer coisa no coração,
Espreitara no fundo dos seus olhos e vira a doce menina dos anos atrás.
Nunca a vida me dará no presente o passado.
Nunca sentira alguma coisa parecida com a que senti nos gestos da sua voz.

Ontem,

Os meus olhos pisavam a terra com os pés que o corpo não sentia.
Não era eu nem pessoa nenhuma,
Era o reencontro duma história que a vida mas escreveu.
Não sei s pode o tempo voltar,
E nem sei se posso reescrever o passado que estará a voltar ao tempo.
Não tenho sabido muita coisa, como ela,
Como sempre, sabe o que quer e que é melhor para mim.
Pediu-me que lhe oferecesse um dia, como presente para mim mesmo!
Mas tenho medo de errar como sempre.
As vezes os eros, se igualam a razão que nos faz pensar que somos felizes de como somos e vivemos!
A verdade é que...
publicado por Revista Literatas às 08:01 | link | comentar

RECOMEÇO


De: Pedro Du Bois - Santa Catarian, Brasil

Sou remanescente, lado avesso
ao desconhecimento. O oposto ao corpo,
luz. A bravura da ovelha, o cão guardando
O rebanho. Recomeço.

Habito terras desprezadas e me faço estéril
pensamento. Guardo a palavra.

Sou vento impreciso e ágil
sobre a cobertura. Espalho a poeira
e a misturo entre lajes.
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publicado por Revista Literatas às 07:56 | link | comentar | ver comentários (2)
Sábado, 29.01.11

Alma dos deuses

De: Cruz Salazar-Maputo

Entre a vida e a morte não se pode ter uma opção

Se alguém me perguntar se quero viver ou morrer, não me dignarei a responde-lo, justamente para não correr risco de fazer uma escolha errada.
Não que não saiba o que quero, mas porque ninguém sabe qual é o dia da sua morte ou mesmo, porquanto tempo vai viver.
Absurdo não é!!?
Pois é, este é o mal dos homens: Acham-se homonipotentes e criadores de si mesmos.
Esquecem que a vida é propriedade de Deus?
Quem sabe assim podemos reduzir a falta de humanismo entre os homens.
Matamo-nos como se fôssemos nós os juízes da vida,
Caçamo-nos como se estivéssemos nos tempos dos australopitecos.
Nos escravizamos como se a vida fosse uma esfera de aço.
Na verdade, este é o meu sentimento, quanto aquilo que vejo no meu quotidiano.
Tamanha falta de vergonha dos políticos, inconsciência dos loucos, Cobardia do povo, avareza dos ricos e cumplicidade dos pobres.
Na verdade, estamos a rastejar na lâmina e agulha.
Nós não parecemos o Judas, as vezes, chego a pensar que somos “o Cu do Judas”, referido na obra de António Nunes (leiam).

Eu não disse nada.
publicado por Revista Literatas às 02:51 | link | comentar

...












De: Rogério Luz - Brasil

Depósitos de tempo
crepuscular na copa
das árvores antigas.

Quem os recolherá
ao celeiro da alma
quem os disseminará
no campo de outro vento?

O poeta cercado pela cidade sem voz
ruídos de tráfego e feiúras
cai na calçada remendada sob out-doors.

Em decúbito dorsal o poeta
insiste em apontar
para as luzes do poente.
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publicado por Revista Literatas às 02:17 | link | comentar

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