Quarta-feira, 20.04.11

Quero ser

De: Ruth Boane - em Tete

Quero ser uma estrela
para o teu mundo iluminar
Quero ser uma flor
para o teu jardim embelezar.

Quero ser o mar
Para as tristezas comigo levar
e as alegrias contigo deixar.

Quero ser borboleta
Quero borboleta ser
Para um sorriso no rosto do teu jardim colocar.

Quero ser poetisa
para palavras de amor te dizer
e seus ouvidos enlouquecer.

Quero ser a rainha do teu coração
e contigo para sempre ficar.

Amo-te Sansão!
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publicado por Revista Literatas às 04:42 | link | comentar | ver comentários (2)

76 anos cultivando a leitura


De: redacção O País

Encontros com João Paulo Borges Coelho, Carlos dos Santos, Luís Carlos Patraquim, Aurélio Furdela, Sangari Okapi, Lucílio Manjate, entre outros, marcam as actividades das celebrações dos 76 anos da Minerva Central.
 
Está aberta na Minerva Central a 76ª Feira do Livro, que também marca as celebrações dos 103 anos de existência daquela livraria. Em exibição nas instalações-sede da Minerva Central, a feira vai comportar momentos diversos num período de 45 dias.
Na abertura da feira, o embaixador da França em Moçambique, Christian Daziano, esclareceu que a 76ª feira do livro “não é, se não a expressão de uma nova etapa que vai ser construída, uma nova etapa que vai começar e uma nova página que se vai abrir”.
O embaixador anunciou que a Minerva Central e o Centro Cultural Franco-Moçambicano vão abrir, antes do final do presente ano, uma livraria de língua francesa, que será afixada nas instalações do Centro Cultural Franco-Moçambique. “Esta livraria permitirá que os interessados pelo francês sirvam-se da mesma, pois estará equipada de livros de actores francófonos e livros traduzidos para o francês. Este novo instrumento de difusão do francês virá completar o dispositivo de aprendizagem da língua francesa e dará ao Centro Cultural Franco-Moçambicano uma nova vitrina para satisfazer ao público francófono, disse Daziano.
Várias actividades vão marcar a feira do livro e nesta sequência está agendada a inauguração da exposição “Densidades lúcidas”,  do artista Manuel Jesus. Ao longo deste período serão organizados encontros com João Paulo Borges Coelho, Carlos dos Santos, Luís Carlos Patraquim, Aurélio Furdela, Sangari Okapi, Lucílio Manjate e outros. As actividades envolvem lançamentos dos livros “Ventre acocorado” de Manuel Jesus, “Não se emenda, a chuva” de António Cabrita,  “Quando o coração dizpára” de Dércio Edson de Celestino Pedro e “Coração feito vida” de Salim Sacoor.
A declamação de poesia, actividades para a infância (“caça ao tesouro”), apresentações de filmes, concursos e promoções são igualmente actividades previstas nesta 76ª Feira do Livro.
publicado por Revista Literatas às 04:37 | link | comentar

Livros biográficos mais procurados em Maputo

Redacção O País

No primeiro trimestre de 2011, o “O Anjo Branco” aparece como o mais vendido, seguido de “Mandela, Meu Prisioneiro, Meu Amigo”. o terceiro mais vendido é “Vidas, Lugares e Tempos”

Talvez não seja muito verdade que os livros biográficos não despertam atenção. Com 102 anos de existência, a Minerva Central é uma referência em Moçambique e, quiçá, a livraria-mãe na venda de livros. Os livros biográficos “Recordações da vovó Marta”, da autoria de Lina Magaia; “Vidas, Lugares e Tempos”, de Joaquim Chissano; e “Mandela, Meu Prisioneiro, Meu Amigo”, de James Gregory, lideram as vendas na Minerva Central, mas não à altura de concorrer com “O Anjo Branco”, de José Rodrigues, um romance cuja história decorre numa suposta aldeia em Moçambique.
No primeiro trimestre de 2011, o “O Anjo Branco” aparece como o mais vendido, seguido de “Mandela, Meu Prisioneiro, Meu Amigo”. o terceiro mais vendido é “Vidas, Lugares e Tempos”, lançando há duas semanas em Maputo, o qual ainda é muito procurado, segundo informações da Minerva Central. A posição número quatro fica com o livro “Recordações da vovó Marta”, também recentemente lançado.
Breves histórias dos livros mais vendidos na Minerva Central
“O Anjo Branco”
Desfilando uma galeria de personagens digna de uma grande produção, ”O Anjo Branco” afirma-se como o mais pujante romance nunca antes publicado sobre a guerra colonial e, acima de tudo, sobre os últimos anos da presença portuguesa em África.
A personagem que faz a história do livro é José Branco, cuja vida se transformou no dia em que entrou numa aldeia perdida no coração de África e deparou-se com um terrível segredo. O médico veio viver, na década de 1960, em Moçambique, onde, confrontado com inúmeros problemas sanitários, teve uma ideia revolucionária para aquela época: criar o serviço médico aéreo.
No seu pequeno avião, José cruza diariamente um vasto território para levar ajuda aos recantos mais longínquos da província. O seu trabalho rapidamente atrai atenções e o médico, que chega do céu vestido de branco, transforma-se numa lenda e chamam-lhe o “Anjo Branco”. Mas a guerra colonial rebenta e um dia, no decurso de mais uma missão sanitária, e José cruza-se com aquele que vai tornar-se o mais aterrador segredo de Portugal, no Ultramar (...). O livro lidera as vendas na Minerva Central.
“Mandela, Meu Prisioneiro, Meu Amigo”
“África do Sul, 1968. Vinte e cinco milhões de negros vivem sob a dominação de uma minoria branca. Sob o regime brutal do apartheid, os negros não têm o direito de votar, liberdade de movimento, acesso à educação, nem o direito de possuir terras, empresas ou mesmo habitação. Determinada a não largar o poder, essa minoria branca aprisiona os líderes negros em Robben Island.
James Gregory, um “boer“ típico, racista e crente nas virtudes do apartheid, passou a infância numa quinta em Transkei, onde aprendeu a falar as línguas xhosa e zulu. Essa característica fez dele o homem ideal para o cargo de guarda prisional em Robben Island, tendo sido encarregue de vigiar o preso Nelson Mandela e os seus companheiros. Esse plano vai, contudo, dar uma reviravolta. Ao conhecer melhor Nelson Mandela, Gregory começa a questionar o sistema de apartheid e torna-se progressivamente o defensor de uma África do Sul livre e democrática.
“Mandela, Meu Prisioneiro, Meu Amigo” relata-nos, na primeira pessoa, a relação tão surpreendente quanto profunda que une esses dois homens, e, através da sua amizade única, descobrimos o despertar de uma consciência. é este o livro que em Maputo tem sido muito procurado.
“Recordações da vovó Marta”
Contadas pelas mãos de Lina Magaia, “Recordações da vovó Marta” é um livro que resultou de uma conversa entre Marta Mbocota Guebuza e a autora, num ambiente informal de troca de conhecimentos e recordações sobre um tempo que passou, mas que a vida não levou.
Vovó Marta, como orgulhosamente se assume, completa este ano 100 anos de idade, e tal como garantiu o seu filho, Armando Emílio Guebuza, Presidente da República de Moçambique, a sua lucidez continua inquestionável, aliás, nota-se isso pelas histórias que contou a Lina Magaia e esta, por sua vez, escreveu-as para outras gerações.
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publicado por Revista Literatas às 04:28 | link | comentar

Albas


De: Jorge de Oliveira – O País


(Maputo) - Sebastião Alba, poeta moçambicano, dá, neste livro, uma autêntica lição de vida, intelectualidade, grande erudição e atenção à sabedoria que acompanha os humanos. O que é este “Albas”? É um diário de vida, notas que o SA foi escrevendo, dia-a-dia, acompanhando e criticando a vida como uma forma de evitar a morte, depois da experiência amarga por que passou numa instituição para dementes.

  1.  Um Homem completo, sem a parte material, já que, apesar da grande riqueza e domínio da consciência de vida, SA furtou-se à parte administrativa, seguiu, e isso vê-se neste diário, um regime de exclusão (da riqueza que não seja a meramente intelectual) social, vivendo só para si, sem relações humanas com o exterior.
  2. “A poesia não é só o domínio da língua, até porque ela é indomável. Mas a ternura pelos fracos: as crianças, as mulheres (tão vulneráveis), os velhos já senis. E os pobres animais bravios. Às vezes acordo, às quatro da manhã, a pensar em pardais nos ramos, com o bico sob a asa, fustigados pela chuva, à espera de que o sol raie.”
  3. Custa acreditar que existam pessoas assim (ainda existem? Talvez não), que vejam o mundo ao contrário, que vivam a contra senso, onde todos vão para a direita e eles acabam por ir no sentido oposto – uma espécie de negação da vida.
  4. Terá sido por opção própria ou por imposição das circunstâncias em seu redor? Estar-se-á perante um caso de culto da não vida? Do vício do à rasca? Hoje, faz-se tudo por dinheiro, perdeu-se a solidariedade, afundou-se o Muito Obrigado, elevou-se o Quanto é, a sobrevivência de um implica matar a do outro, os direitos de um não terminam onde começam o do outro (como se diz), começam em cima do outro.
  5. “Nos últimos 30 anos, já 30 tipos disseram que eu não sou um mau escriba; outros 30 que sou um bom sacana; 30 crianças agradeceram-me, com um beijo, as guloseimas; 30 outras esqueceram-se disso; pelo menos 30 pessoas murmuraram à minha passagem; 30 abraçaram-me com afecto; 30 pegaram-me furiosamente pela gola da camisa; e 30 deram-me um jeito com os dedos para que eu não fizesse má figura, ali onde estavam”.
  6. A música clássica reclama um lugar interessante neste “Albas”, fazendo companhia a um cidadão solitário, cheio de dignidade, muito culto, vazio de afecto. O diário, falado na primeira pessoa, doutro modo não seria de esperar, situa-se entre Moçambique, terra que o acolheu, e Portugal, onde passou os seus últimos dias.
  7. “Meu pai morreu; o Virgílio Ferreira também. Nenhum deles estará no mesmo substrato da memória dos homens. Mas queria falar de outra coisa, desta juventude. Quanto mais convivo com ela, em viagem, nos lugares por onde passo (e são muitos), menos acredito naquilo por que, alguns de nós, lutaram: ajudá-la a pensar.”
  8. Tem-se de (quase) tudo, nestas notas, a morte de Samora Machel, num desabafo à viúva, as esmolas que pediu, os polícias que o importunavam ou os guardas que não o deixavam dormir em locais que ele achava poderem servir de aconchego nocturno.
  9. E é também uma obra de amor, que o autor sente pelas filhas, por Che Guevara, seu ídolo, e ódio, sempre que vê uma asneira, uma situação em que a deselegância empurra os Bons Modos para o lado.
  10. “Nunca nos apercebemos dos acontecimentos mais solenes. Qual de nós se lembra de ter nascido? Qual de nós se recorda do momento exacto em que adormece? (e morre, às vezes, durante o sono)? Ou se apercebe, quando faz amor, de ter gerado um filho? A sombra do Universo recobre-nos, e ainda bem. A morte, não tenho qualquer dúvida, virá assim: com um leve suspiro exalado.”
  11. Existe um ponto da sabedoria que nos faz muito mal; quando se sabe muito, critica-se tudo e todos, não se consegue lugar nem pessoas com quem viver, a impaciência triunfa e rebolamos para um abismo onde a vida em comunidade se torna impossível. Saber muito torna-se uma espécie de veneno ou de feitiço que se vira contra o detentor, torna-o praticamente irracional, acabando por levá-lo à morte.

publicado por Revista Literatas às 04:20 | link | comentar

Brasil: 2º CONCURSO LITERÁRIO NACIONAL PRÊMIO BURITI CRONICONTOS 2011


EM HOMENAGEM AO ESCRITOR DR. JOBAL DO AMARAL VELOSA

Objetivo: estimular a criação literária em língua portuguesa e ajudar novos autores a publicar suas obras.
Abrangência:nacional
Categoria:
Adulto:maiores de 18 anos
Modalidades: conto, crônica e poesia
Inscrições: de 1º de Maio a 1º de Agosto de 2011
Permitido enviar apenas uma obra inédita por modalidade. As obras deverão ter no máximo 30 linhas para poesia e 60 linhas para prosa.
Taxa de inscrição:(para despesas de correio)10,00 reais por obra.Enviar cópia do recibo  ou cheque nominal junto com o material da inscrição.
Pagamento da inscrição : conta para depósito – Banco do Brasil –agência 4562-4,conta poupança variação1, número 9345-9, ou cheque nominal a Rita Bernadete Sampaio Velosa.
Envio do material para inscrição:
Pelo correio
: enviar para 2° CONCURSO LITERÁRIO NACIONAL PRÊMIO BURITI CRONICONTOS 2011–Caixa Postal 14- CENTRO -CEP 14820-000 –Américo Brasiliense/SP.
1-uma via impressa em papel A4,apenas com título, modalidade e pseudônimo,de cada texto, digitado em times new Roman 12
2-CD contendo a ficha de inscrição e  as obras salvas em word.doc, mais cópia do recibo de pagamento ou cheque nominal a Rita Bernadete Sampaio Velosa
Pela internet:enviar para o E-mail:
ritavelosa@bol.com.br
Enviar, em anexo, ficha de inscrição, obras apenas com título , modalidade e pseudônimo,  mais o recibo de pagamento da inscrição.
Premiação: Troféu Buriti e publicação gratuita para o primeiro lugar de cada modalidade. Medalhas para os segundos e terceiros lugares de modalidade.Diplomas para 7 mencões honrosas de cada modalidade
Haverá posteriormente antologia publicada por adesão.Custo:100,00 por página com direito a três exemplares. Exemplares extras:30,00 cada. Exemplares restantes serão enviados para bibliotecas de escolas de Ensino Básico e Universidades
Resultado Final: Em 30 de Outubro e será divulgado pela internet no blogue oficial do concurso e em blogues e sites diversos. Também serão enviados e-mails para os participantes premiados.
FICHA DE INSCRIÇÃO –  TAMBÉM NO BLOGUE OFICIAL DO CONCURSO:            http://concursoburiticronicontos.blogspot.com/
Organizadora: Rita Bernadete Sampaio Velosa – Jornalista,escritora e ativista cultural. Delegada da UBT, Consulesa de Poetas Del Mundo,Delegada do Clube de Escritores de Piracicaba/SP e Correspondente das Academias de Letras de Cachoeiro do Itapemirim/ES,  de Itajubá e Varginha/MG.Sócia do Movimento VIRARTE/RS e Delegada Cultural da ALPAS XXI/RS. Telefone para contato: (16) 97910024
FICHA DE INSCRIÇÃO
NOME DO AUTOR:________________________________________________
IDADE:______________________________________________
ENDEREÇO:
RUA________________________________________N°______
BAIRRO:____________________________________________
CIDADE:____________________________________________
CEP:________________________________________________
ESTADO:____________________________________________
TELEFONE:__________________________________________
E-MAIL PARA CONTATO:______________________________
MODALIDADE:
( )POESIA_________TÍTULO:_____________________________________
( ) CONTO_________TÍTULO:_____________________________________
( ) CRÔNICA_______TÍTULO:_____________________________________
PSEUDÔNIMO:_________________________________
CITAR COMO TOMOU CONHECIMENTO DO CONCURSO:
( )CORREIO
( )E-MAIL
( )JORNAL DCL-SANTOS
( )BLOG
( )SITE_________________________CITAR O SITE
( )OUTRO__________________________CITAR
publicado por Revista Literatas às 04:13 | link | comentar

DISSABOR


De: Pedro Du Bois - Brasil

Se o dissabor
trincar o caminho
espantando os espantalhos

           pássaros dos espaços
           vagos: voo sem sentido
                      no rasante
                      à presa. Desfaço
                     as malas e recoloco
                     a roupa na estante

                     instante ao gosto de fixar
                     o destino: voo em espaços
                     universais da dor.
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publicado por Revista Literatas às 04:10 | link | comentar | ver comentários (1)

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